21 de novembro de 2024
ARTIGO

“O que não enfrentamos em nós mesmos, encontraremos como destino”

Por Júnior Ometto |
| Tempo de leitura: 3 min

Para mudar algo em nós basta querer? Este é o ponto inicial, porém, é preciso mais que o desejo! Isso começa a explicar o famoso “fenômeno” de estabelecermos metas, mas não cumprirmos...

Para mudar de verdade algo em nós, torna-se necessária uma genuína conscientização e um confronto entre quem estamos sendo, os resultados que estamos obtendo e o que verdadeiramente queremos para nossa vida. E isso só acontece quando há vontade e determinação da pessoa em se encontrar com ela mesma, em primeiro lugar. Depois, vem uma tarefa ainda mais difícil, que é conhecer e se livrar dos sabotadores emocionais...

“Estarei vivendo de uma maneira que é profundamente satisfatória para mim e que me expressa verdadeiramente? Esta talvez seja a pergunta mais importante para o indivíduo”. (Carl Rogers)

Mudanças acontecem quando há clareza e sinceridade interna. A partir daí as atitudes vão aparecendo, pois você se compromete a sair do “automático destruidor” de sempre (muitas vezes até inconsciente) que tem causado prejuízos emocionais, relacionais e físicos na sua vida.

A dica inicial que dou se você quer mesmo mudar é uma reflexão sobre as seguintes questões: o que faço é o que nasci para fazer? Quem está ao meu lado é a pessoa que genuinamente quero e estou fazendo feliz e a que também está me proporcionando isso? Eu sou a pessoa que realmente gostaria de ser se me olhar de um plano maior? Estou construindo um legado que me orgulhará nos últimos momentos de minha vida terrena? O que tenho e faço reflete eticamente o que realmente preciso ter e fazer? Qual é o significado da minha vida e o que tem significado nela, seja espiritual, emocional ou materialmente?

Se refletir bastante, responder e trabalhar com honestidade nesse diálogo interno, você será bombardeado pelos gatilhos que te farão mudar de maneira consistente e, adicionalmente, você receberá um batalhão de soldados psíquicos aliados a esta sua intenção.

Infelizmente, além de nossa mente ser negativa, aprendemos e registramos muita coisa em nosso inconsciente que vai entrando em conflito com nossa essência, manipulando nosso destino e, dessa reflexão, vem o alerta de Carl Jung, na frase-título do artigo de hoje. Quantos pensamentos e emoções afloram e atuam com base em nossos registros... E quanto perdemos com muitos deles! Os medos, a procrastinação, a insegurança, os apegos, os descontroles, os vícios, a acomodação, a falta de coragem em sermos nós mesmos e termos noção correta do nosso potencial, a falta de iniciativa, a aceitação do que não merecemos e tantos outros sabotadores. O aprender e o desaprender precisam fazer parte de nossa vida, com um detalhe: alinhados a nossa essência!

A outra dica é entender que a felicidade não é sobre o que se recebe (em todos os sentidos), mas sobre o que fazemos com o que recebemos.

Você tem produzido com o que tem recebido ou reclamado pelo que não tem?

A boa notícia é que esta é a “graça” da vida: superação, desenvolvimento, sabedoria; o caminhar!

A verdadeira mudança está diretamente ligada à raiz, ou seja, na mudança dos nossos pensamentos, pois eles geram sentimentos e daí nascem nossos comportamentos, nossas atitudes (ou a falta delas).

“Conhece-te a ti mesmo, torna-te consciente de tua ignorância e será sábio”.

Com essa frase, Sócrates nos dá a dica de como “tudo” deve começar...

Bom trabalho!

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