Ser um bom negociador não é prerrogativa apenas do mundo corporativo ou das vendas. Negociamos a todo momento e durante toda nossa vida, seja no trabalho ou no relacionamento com a família, amigos e colegas, aliás, antes mesmo de aprender a falar, já negociávamos! Nossos “berros” – ainda bebês – já denunciavam nosso potencial negociador...
Fundamentalmente, toda negociação é uma situação emocional onde os envolvidos estão sob uma atmosfera de sentimentos (que têm fator decisivo nos resultados) e devem buscar o ganha-ganha, através de objetivos propostos em situações de divergências de ideias, interesses e posições.
E é por isso que Negociação e Inteligência Emocional estão se consolidando como duas competências imprescindíveis para o sucesso na vida pessoal, relacional, financeira e profissional. Você negocia bem? Conhece as consequências disso? Que tal então juntarmos esses dois temas num só?
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, saber negociar não é um dom, é um aprendizado, ou seja, uma competência, portanto, qualquer pessoa é capaz de se tornar um bom negociador.
Mas é preciso desmistificar um pouco este termo, que normalmente é vinculado ao mundo corporativo. Lógico que, numa empresa, ser um bom negociador é fator preponderante para bons resultados. Entretanto, na vida pessoal, esse diferencial também tem enorme peso.
Até pouco tempo atrás, os requisitos básicos para ser considerado um bom negociador eram os chamados “conhecimentos técnicos” e os treinamentos eram mais direcionados a funcionários ou candidatos a funcionários de empresas. Atualmente e, cada dia mais, outras preocupações e necessidades estão sendo incorporados ao tema como verdadeiros alicerces, a exemplo da Inteligência Emocional.
Se você acompanhar de perto o mundo corporativo, verá que um dos principais motivos de demissão (em qualquer nível ou hierarquia) não é prioritariamente a deficiência técnica ou acadêmica, mas, sim, a falta de habilidade no convívio humano, na gestão de pessoas e de emoções, problemas ocasionados pela intolerância, enfim, motivos ligados à construção e gerenciamento da estrutura psíquica da pessoa.
Na verdade, um bom negociador sabe, antes de tudo, a importância de negociar bem consigo mesmo. Contudo, para negociar bem consigo mesmo, é imprescindível o autoconhecimento, que gera o autodomínio, segurança e o consequente autocontrole. Itens imprescindíveis numa negociação!
Para o mundo de hoje, a inteligência emocional é, sem dúvida, a principal ferramenta a ser aprendida e aplicada por um negociador de sucesso.
As técnicas utilizadas hoje pelas principais escolas de negociação não têm eficácia sem as competências emocionais e comportamentais.
É importante entender que nada vai mudar no país, nas empresas, nas Instituições ou em cada um de nós enquanto não aprendermos o valor e os benefícios de uma boa negociação, inicialmente conosco mesmos. Esta é a base para saber negociar com as outras pessoas e com o mundo, mesmo porque, a qualidade da conexão que você tem com você revela a qualidade da conexão que você tem com o mundo.
Mas é claro que essa sabedoria não se adquire de um dia para o outro. É preciso coragem para mergulhar nesta busca tão maravilhosa e recompensadora.
“Os investimentos em conhecimento geram os melhores dividendos”. (Benjamin Franklin)
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