21 de dezembro de 2024
EDUCAÇÃO

Municipalização de escolas estaduais em Piracicaba é criticada

Por Roberto Gardinalli | roberto.gardinalli@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 2 min
Guilherme Leite/Câmara de Piracicaba

A Câmara de Piracicaba aprovou, na sessão de segunda-feira (22), uma moção de apelo ao secretário Estadual de Educação, Renato Feder contra a municipalização de oito escolas estaduais da cidade. A moção, de autoria do vereador Laércio Trevisan Jr. (PL), foi aprovada por unanimidade.
Os vereadores criticaram a possível municipalização das escolas Honorato Faustino, Afonso José Fioravante, Prof.ª Jaçanã Altair Pereira Gerrini, Comendador Mario Dedini, Prof.ª Mirandolina de Almeida Canto, Morais Barros, Samuel de Castro Neves e Alcides Guidotti Zagatto, do Ensino Fundamental I. A discussão começou após o prefeito Luciano Almeida publicar um vídeo, junto ao secretário de Educação, Bruno Roza, em que cita a ideia.

O secretário se reuniu com os diretores das escolas para falar sobre a oportunidade, que teria sido oferecida pelo governo estadual. A proposta foi recebida de forma negativa por pais e professores, que protestaram contra a eventual mudança na sessão da Câmara. “Piracicaba tem 134 escolas municipais, tem que investir nas escolas municipais, não fazer o contrário, pedindo para as escolas estaduais venham para o município”, disse Trevisan Jr. O vereador informou, ainda, que reuniões entre os pais e representantes das escolas foram marcadas para hoje (24).

Presidente da Comissão de Educação, a vereadora Rai de Almeida (PT) disse que não há motivos para a mudança. “É preciso destacar as responsabilidades da rede estadual e da rede municipal. Não há motivos para mexer nessa estrutura”, disse. A deputada estadual Professora Bebel (PT), presidente da Apeoesp, fez um apelo ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para que a proposta não avance. “Essa proposta de municipalização tem gerado transtornos e repúdio por parte da população piracicabana, que deposita esperança para impedir que estas escolas deixem de serem estaduais”, citou.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação reforçou que a ideia foi oferecida pelo Estado. “A oportunidade foi oferecida pelo Governo do Estado de São Paulo para dar início a estudos de viabilidade para o recebimento das unidades escolares”, citou. “Ficou decidido que, em até uma semana, cada escola ofertará um parecer sobre a possibilidade de diálogo ou não”, finalizou. A Secretaria Estadual informou apenas que nada definido. “Não há nenhuma definição quanto a municipalização das oito escolas na cidade. Qualquer tramitação será realizada de forma transparente junto à comunidade escolar”, informou.

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