22 de dezembro de 2025
SAÚDE

Câncer de pulmão: entenda a doença que vitimou Rita Lee

Por Ronaldo Castilho | ronaldo.castilho@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 2 min
Guilherme Leite
Fernando Medina é diretor do Cecan da Santa Casa

Ontem (9), o Brasil perdeu uma de suas estrelas, a rainha do rock brasileiro, Rita Lee, aos 75 anos. Em maio de 2021, a cantora, considerada uma das maiores da história da música brasileira, foi diagnosticada com câncer de pulmão. Desde então, ela estava realizando tratamentos contra doença. O anúncio da morte da cantora feito pelas redes sociais por meio de um comunicado. O JP conversou com o diretor do Cecan (Centro do Câncer da Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba) o oncologista Fernando Medina que explicou sobre a doença.

Segundo o especialista o tabagismo é o maior vilão nos casos de câncer de pulmão no mundo. “De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o tabagismo é responsável por 70% dos casos de câncer de pulmão no mundo, isso ocorre porque os produtos químicos presentes no cigarro, como a nicotina, o alcatrão, danificam as células do pulmão e podem levar para o desenvolvimento de tumores malignos, além disso a exposição ao tabagismo passivo, também pode aumentar o risco de câncer de pulmão, em não fumantes”, explicou.

O médico comentou que existem dois tipos principais de câncer de pulmão. O carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. “O carcinoma de não pequenas células corresponde entre 85 a 90% dos casos e se subdivide em carcinoma de células escamosas, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células, tendo como o adenocarcinoma o mais comum em não fumantes, e o carcinoma de células escamosas mais comum em fumantes”, disse.

Os fatores de risco para o câncer de pulmão, disparo é o tabagismo segundo o especialista. “Exposição ocupacional é o outro fator de risco, principalmente a exposição de substâncias químicas, como amianto, arsênico, berílio, cromo, níquel, adólio, alcatrão, carvão, podem aumentar muito o risco do câncer de pulmão”, enfatizou.

A idade é outro fator de risco importante. “O risco de câncer de pulmão aumenta com a idade, com a maioria dos casos serem diagnosticado com mais de 50 anos. Os homens têm um risco maior de adquirir a doença do que as mulheres. Outro fator de risco é a exposição a poluição do ar”, disse. O oncologista também disse sobre os sintomas da doença. “Podem variar dependendo do estágio da doença, no estágio inicial não há sintomas óbvios, e só poder ser constatado o câncer de pulmão por meio de exames de imagem, a medida que a doença progride os sintomas aparecem como tosses frequentes, muitas vezes com sangue, falta de ar ou dificuldades para respirar, dor no peito que piora com a respiração profunda, ronquidão ou mudança de voz, perda de peso inexplicável”, finalizou.

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