Os alunos da EE “Homero Alves”, na rua Voluntários da Franca, no Centro da cidade, passaram por momentos de medo no início da tarde desta terça-feira, 28, após um policial militar da reserva e um agente penitenciário brigarem armados em frente à unidade de ensino.
O caso aconteceu na entrada dos alunos do período da tarde e, com o recente ataque do estudante de 13 anos que terminou com a morte de uma professora em São Paulo, gerou muito tumulto e preocupação. Estudantes chegaram a ligar para os pais com medo.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, inicialmente a Polícia Militar foi acionada para apurar se um adolescente entrou armado na escola, mas ao chegarem ao local se depararam com o policial da reserva rendendo o agente penitenciário.
Testemunhas
Segundo testemunhas, a briga aconteceu por conta de fila dupla na frente da escola, o que é uma infração de trânsito. O agente penitenciário teria falado para o PM sair da faixa e os insultos começaram, até que o agente penitenciário teria mostrado a arma.
Neste momento, o policial militar também teria sacado a arma e rendido o agente penitenciário, de quem retirou a arma.
Versão do agente penitenciário
Ainda de acordo com o Boletim de Ocorrência, o agente penitenciário disse que estava levando sua filha para a escola, quando o PM da reserva parou na faixa de pedestres.
O agente penitenciário afirma ter pedido para que o policial militar da reserva retirasse o carro da faixa para os alunos passarem. Neste momento, o policial teria falado algo que o agente penitenciário não entendeu e saído do carro.
Na versão do agente, quando deu dois passos no sentido do carro, o PM viu o volume da arma em sua cintura e também saiu do carro já com a arma em mãos, apontando para ele.
Mesmo com o agente penitenciário se identificando e jogando seus documentos no chão, o policial mandou que ele encostasse na parede. O agente afirma que o PM deu um tapa em seu rosto e apontou a arma para sua cabeça. O militar ainda teria falado que ele poderia levar um tiro na cabeça.
Versão do militar
O policial aposentado disse que deixou o filho na escola e estava esperando ele entrar para poder ir embora e, para não atrapalhar o trânsito, avançou um pouco o carro e parou parcialmente na faixa de pedestre.
Em seu depoimento, disse ainda que na hora que encostou o carro na faixa, o agente penitenciário começou a chamar sua atenção da calçada, iniciando uma breve discussão.
O policial continuou no carro e o agente teria acompanhado o veículo. Neste instante, na versão do policial, o agente penitenciário fez menção que pegaria a arma e disse: “O que você está falando?”.
Ao perceber que o agente estava armado, o policial sacou sua arma e o abordou. Ainda na versão do militar, como o agente parecia querer reagir, ele o empurrou em direção à parede de uma construção e tirou sua arma.
Aos militares, o policial negou que teria agredido o agente.
Levados para a delegacia
Após toda a confusão, que chegou a ser registrada por um motorista, a dupla foi encaminhada para a CPJ (Central de Polícia Judiciária), onde um boletim de Vias de Fato foi registrado.
O caso já é apurado pela Polícia Civil.
Matéria atualizada às 16h18