Tomam posse no começo de fevereiro, os deputados federais eleitos em todo país, sendo 70 do estado de São Paulo e, infelizmente, nenhum da cidade de Piracicaba. Apenas a cidade de Limeira reelegeu Miguel Lombardi como representante das cidades da região Metropolitana de Piracicaba.
Já na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, no dia 15 de março assumem os 94 deputados estaduais e três parlamentares com domicílio eleitoral em Piracicaba estão entre eles. Na esfera estadual, portanto, estamos bem assistidos, mesclando deputados reeleitos, Alex de Madureira (PL) e Professora Bebel (PT) e Helio Zanatta (PSC), que assume seu primeiro mandato.
Mas na esfera federal, como colocamos durante o período eleitoral, Piracicaba ficará na dependência de parlamentares que muito pouco terão compromisso com a cidade. Durante a campanha eleitoral, Piracicaba foi ocupada por centenas de candidatos. Números que somamos após o pleito totalizaram pouco mais de 68 mil votos a candidatos locais, 103 mil votos para candidatos de fora e mais de 104 mil eleitores que se omitiram em votar. Número que poderão nos trazer consequências.
Certamente, o trabalho de intervenção junto ao governo federal dependerá essencialmente da força e cobrança de 24 lideranças políticas: o prefeito, ainda sem partido, e nós, 23 vereadores das mais diversas legendas, de esquerda à direita. Mas também é responsabilidade também de todos aqueles que contribuíram para que os votos de Piracicaba elegessem candidatos de outras regiões. É a regra do jogo e são raras as eleições de deputados estaduais ou federais que tenham alcançado a vitória contanto apenas com os votos de seus domicílios eleitorais. Mas Piracicaba tem tamanho, votos e envergadura suficientes para mudar este cenário.
Não tendo mudado na oportunidade de 2022, cabe à cidade, seus agentes políticos, os assessores de deputados eleitos que são domiciliados por aqui, arregaçar a manga e utiliza-se da conhecida “peroba” para a peregrinação à caça de recursos para projetos e programas municipais. Projetos, principalmente, na área da saúde, cujo cobertor é sempre menor do que a necessidade.
Piracicaba, sede da Região Metropolitana, precisa assumir seu papel protagonista fora dos gabinetes locais. Precisa avançar rumo às portas que possam se abrir nas esferas do Estado e na capital federal. Por outro lado, é importante e temos certeza que isso acontecerá, que nossos deputados estaduais também sejam atores importantes nestas intermediações junto ao governo federal, independente de ideologias partidárias. Aliás, a se julgar pela iniciativa do presidente Lula e do governador Tarcísio de Freitas, que já se sentaram á mesa, a expectativa é positiva.
Que possamos, ao final e quatro anos, relacionar os benefícios que nossos votos depositados nos piracicabanos e naqueles que se comprometeram com a cidade, mesmo não participando do dia a dia dela, tenhamos mais ações a comemorar do que a lamentar. E, neste período, que também tenhamos a força e a união dos agentes políticos e da sociedade que, ao depositar seus votos também assumiram compromissos com estes deputados.
Que todos nós, juntos, façamos nosso papel cidadão de acompanhar o trabalho, cobrar resultados e fazer valer nossas decisões e preferências políticas em benefício da nossa Piracicaba.