22 de dezembro de 2025

Acervo digital gratuito reúne memórias de Piracicaba

Por Laís Seguin |
| Tempo de leitura: 2 min

IHGP é considerado o maior centro de documentos e de memórias da cidade

Responsável por preservar a história de Piracicaba, o IHGP (Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba) é o maior centro de documentação e memória do município, como uma importante fonte para historiadores, estudantes e até mesmo aos jornalistas. A instituição abriga edição de livros, revistas, jornais (incluindo o JP!), fotografias, teses acadêmicas e materiais audiovisuais (filmes em celulóide, fitas de rolo e cassetes), que contribuem para a preservação e a manutenção de nossa cidade.

Fundado em 1º de agosto de 1967, por iniciativa de historiadores e pesquisadores, atualmente o IHGP possui um acervo digital com cerca de 30 edições em seu site (https://www.ihgp.org.br/), ação existente desde o final da década de 2000. Segundo Edson Rontani Jr., presidente da entidade, o acervo mantido são de livros publicados e editados pelo próprio IHGP. As edições em PDF são utilizadas para impressão e depois disponibilizadas para download gratuito. “Atendemos uma demanda interessada na história de Piracicaba, mas que não residem por aqui e não podem ter acesso ao livro físico. Temos acessos de toda parte do país, da Irlanda, Estados Unidos e vários países afora”, explica Rontani.

Ele conta que anteriormente não havia tecnologia suficiente para a disponibilização e a impressão era feita de forma arcaica para os padrões atuais. Foi então que mudaram do past-up e da fotolitagem para um arquivo digital, permitindo o acesso e a distribuição do mesmo.

O controle de acesso é mantido por meio das mídias sociais, principalmente dos trabalhos divulgados por meio do Facebook, que chegam a alcançar 15 mil visualizações. “Trabalhamos apenas com o orgânico, não utilizamos o impulsionado. Em média, são feitos cerca de 30 downloads por mês de forma espontânea”, esclarece o presidente.

Riquíssimo em histórias, o IHGP preserva até hoje jornais desde 1883, que mostram como a cidade de Piracicaba se comportava no período da colonização portuguesa. Edson Rontani Jr. afirma que a luta é pela digitalização destes materiais, cujo processo é moroso devido às necessidades físicas, e mais que isso, financeiras.

O jornalista conta que o instituto possui também os primeiros jornais da cidade, como a Gazeta de Piracicaba de 1883 a 1920, que já estão digitalizados e, em breve, estarão disponíveis no portal online.

O mesmo ocorre com os jornais da década atual – considerados essenciais a sua manutenção devido à pandemia da Covid-19. “Isso em breve poderá servir de estudo e para refletir o que vivemos na sociedade piracicabana. Os jornais serão uma importante fonte de consulta”, relata.

As edições do Jornal de Piracicaba também fazem parte deste grande acervo com diversos acontecimentos de relevância para a cidade. Como curiosidade, as nossas edições digitalizadas permitem o acesso às informações vividas há 100 anos de janeiro a março de 1922, quando se comemorou o centenário da independência do país e podem ser acessadas neste link: https://www.ihgp.org.br/jornal-de-piracicaba-digitalizado-1922/.

Fernanda Rizzi
fernanda.rizzi@jpjornal.com.br

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