25 de dezembro de 2024

O crime compensa? Entendendo a lei do retorno

Por Francisco Ometto |
| Tempo de leitura: 3 min

Será que realmente quando faço algo “errado” ou “certo”, recebo de volta? Quantos de nós crescemos ouvindo as pessoas falarem: “Aqui se faz aqui se paga” ou tantas outras frases com o mesmo teor profético…

Como funciona, então, essa tal “lei do retorno?”

Começo nossa reflexão trazendo uma frase do mentor indiano, Swami Sivananda: “O homem semeia um pensamento e colhe uma ação, semeia um caráter e colhe um destino”.

Se buscamos por qualquer coisa que nos prejudique de alguma forma, como por exemplo, dentre tantos outros, o uso de drogas ilícitas, é lógico que não teremos coisas boas como retorno. Esse exemplo causa dependência, doenças, amizades que não levam a bons resultados, ou seja, uma série de coisas “ruins”. Outro exemplo são nossos relacionamentos. Se nos relacionamos ou convivemos com pessoas (no âmbito pessoal ou profissional) que não nos elevam, ou seja, não nos trazem positividade ou são como “âncoras” nos empurrando para baixo, não há dúvida que nossa vida ficará cada dia pior. Os exemplos são inúmeros.

Mas você pode perguntar: “E aqueles que praticam injustiça, que falam mal dos outros, que se vingam, etc., como é a lei do retorno neste caso?” Um dos maiores cientistas da mente que já apareceram por este Planeta, Sigmund Freud, nos deixou o legado do inconsciente. É neste espaço, o mais significativo do ser humano, que se registram e se concentram nossas “autorizações”; o que recebemos por hereditariedade (que Jung também trata em seus estudos sobre o inconsciente coletivo) e o que aceitamos e construímos durante nossa existência. Não será possível estender este tópico neste artigo, pela sua abrangência, mas resumidamente quero que meu leitor entenda que todo vício, toda carga emocional negativa ou positiva, enfim, todas as crenças, transtornos, desconfortos e manias que temos, foram criadas e autorizadas por nós mesmos, ao longo da nossa vida. Damos ordens ao inconsciente e ele, então, entende que “aquilo” é bom e começa a nos comandar, naquele sentido. Portanto, a conclusão é óbvia. Se, por exemplo, alguém se vinga ou comete alguma injustiça com alguém, na mente dela, “aquilo” já está “registrado” como bom e aceitável e, portanto, ela vai atrair “aquilo” em um dado momento da vida, porque faz parte da energia dela, autorizada e aceita por ela.

Mas a boa notícia dou agora: o mais incrível da mente humana, é que, independente de tudo isso, do nosso passado, do mundo, das pessoas, dos pais, sociedade, influências, registros etc., cada um de nós tem o poder de fazer escolhas. O ser humano é dotado desse presente! Não é nossa condição atual ou passada que define nosso futuro, são nossas escolhas, no presente! Muitos fazem escolhas não entendendo que elas trazem consequências; proporcionais. Muitos não entendem, infelizmente, que pensamentos e atitudes ruins, assim como o crime, conduzem a coisas ruins, portanto, não compensam, nunca.

É nessa sintonia que caminha e funciona a Lei do Retorno. Portanto, foque na frase do sábio indiano. Sabedoria é nos educar para cultivar dentro de nós apenas sentimentos bons, desenvolvimento, positividade, amor, respeito, companheirismo, altruísmo. Claro que não é fácil, mas é possível. A partir do momento que você altera essa frequência (ordem) no inconsciente, seu consciente vai receber e projetar isso diretamente na dimensão que você vive.

"Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não deixarei que nada me domine”. ?(1 Coríntios 6:12)

Os resultados são fantásticos. Experimente!

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