21 de novembro de 2024

”O poder do autodomínio no mundo atual”

Por Francisco Ometto |
| Tempo de leitura: 3 min

Ao longo da vida, recebemos muitas “pedras”, com os mais variados tamanhos e pesos e, normalmente, temos uma percepção de que só nós as recebemos ou, então, que nossas pedras sempre são as piores de todas. Não é assim, mesmo que as postagens nas redes sociais não revelem! A verdade é que todos nós fazemos parte desta dinâmica e todos recebem.
Saber aceitar esse fato (aliás, incontrolável), já é um ótimo começo e até alivia. Em seguida, é preciso saber lidar com as nossas “pedras”. Pessoas diferenciadas analisam com cuidado cada situação e buscam soluções adequadas, fora do emocional, da vingança ou da primeira ideia que aparece. O que vemos, na maioria dos casos, são pessoas que, por tomarem atitudes erradas, acabam piorando as coisas e se prejudicando ainda mais.
Autodomínio é navegar numa esfera acima do “comum”, estratégica e visionária. É se deslocar para um lugar privilegiado, regido pela sabedoria.
Reconhecer e assumir as próprias deficiências, ao invés de reclamar, vitimizar-se ou culpar o outro, também são características marcantes de pessoas com autodomínio.
Elas focam o contexto, são mais abrangentes nas análises e não se vendem para a raiva, para o ódio, para a vingança, para os atalhos… Sabem trocar perdas, mágoas e ressentimentos por autoconhecimento, reconhecimento de suas imperfeições, gratidão e, principalmente, pelo perdão.
Por consequência, são pessoas de sucesso, prósperas e com muito mais qualidade de vida emocional e física. É uma minoria.
Longe delas estaciona a compulsão, a reclamação, a procrastinação ou a falta de perseverança.  
Também não se entregam ao apego, à dependência ou aos vícios, pois compreendem que, no início, eles até geram prazer, mas depois descarregam um enorme sentimento de tristeza, mal-estar, culpa, arrependimento e sensação de descontrole de si mesmo, pois, quanto mais você depender e quanto mais você se apegar (de pessoas ou de qualquer outra coisa), mais você vai se escravizar e sofrer.
Por que continuar assim? Por que não desenvolver o autodomínio e mudar sua vida?
Precisa de ajuda? Divido com vocês um texto maravilhoso de Osho: “O propósito da terapia é levá-lo ao ponto onde você possa ver a sua falta de naturalidade. O propósito é simplesmente torná-lo consciente de onde você está, do que fez a si mesmo – o mal que tem sempre causado e ainda está causando, as feridas que está criando em seu próprio ser. Cada uma das feridas tem sua assinatura – esse é o objetivo da terapia, fazer com que você se dê conta de sua assinatura; que as feridas levam sua assinatura, que ninguém mais as tem causado; que todas as correntes que o envolvem são criadas por você; que a prisão na qual você vive é obra sua. Ninguém a está fazendo para você.”
Este recado precioso de Osho nos ajuda a entender que optar pelo melhor está em nossas mãos. O livre arbítrio é um dos mais preciosos presentes que recebemos. A vida é uma grande viagem e, quando você faz uma viagem, não é eficaz levar muita bagagem. Na sua vida também é assim. É inteligente eliminar bagagens desnecessárias. O mundo moderno está empurrando as pessoas para um destino cada vez mais perigoso, vazio e doloroso. Tenha coragem de iniciar o processo de vitória sobre seus medos (o maior causador de fracassos e problemas ao ser humano), seus traumas, inseguranças, compulsões, apegos, síndromes, fraquezas, incapacidades, travamentos e tantos problemas emocionais que têm aumentado o peso da sua bagagem ou te impedindo de transitar com intensidade, prazer e liberdade verdadeira nesta linda (e rápida) viagem que estamos fazendo…
"Só existem dois dias no ano em que você não pode fazer nada pela sua vida: ontem e amanhã". (Dalai Lama).

Que tal começar hoje e continuar?

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