25 de dezembro de 2024

”Por que se comparar com alguém?”

Por Francisco Ometto |
| Tempo de leitura: 3 min

Retrocedemos emocionalmente quando preferimos valorizar o que outras pessoas são ou têm, e não o que somos e temos. Reflita: sempre haverá alguém que terá mais ou então menos que você, não só financeiramente. Vamos além?

A busca da nossa essência é a única responsável pela nossa cura e cada um deve buscar a sua. Quando delegamos isso a terceiros, saímos da rota da nossa felicidade e, de quebra, perdemos tempo e energia. O que os outros são ou têm não pode medir nossa essência!

Vivemos nos comparando e isso nos frustra, nos machuca, causa inveja, doenças. Precisamos entender que cada um tem seu tempo na dinâmica desta vida aqui na Terra e, aproveitar o que somos e o que temos agora - somado às atitudes para evoluirmos - é o que faz valer a pena estarmos vivos.

Portanto, nossa qualidade de vida está diretamente ligada ao nosso estágio no quesito “olhar para dentro” e não no “olhar para fora”.

Pense: se sua qualidade de vida estiver “indexada” a bens ou prazeres materiais, na verdade ela nunca será alcançada, uma vez que sempre haverá um “novo lançamento”, ou um “novo jeito de ser ou fazer”, fazendo da pessoa uma escrava de conquistas, num círculo vicioso de angústia e vazio. Por essas e outras que muitos estão sofrendo e adoecendo sem nem saber o porquê!

Para evoluir é preciso refletir, criticar, adotar novas formas de visão, transformar problemas e lutas em positividade e, se tiver dificuldade, buscar ajuda para tal.

Quanto mais nosso autoconhecimento aumenta, mais a nossa vida melhora, pois esse movimento aumenta o respeito próprio e nos dá mais leveza, liberdade, alegria e saúde mental.

Comparar-se é diferente de inspirar-se. Claro que podemos aprender com exemplos de outras pessoas, com as virtudes, vitórias e o sucesso delas, mas desde que não entremos no campo da comparação ou, então, da inveja. Como disse mais acima, isso é retrocesso! Somos todos diferentes, com histórias diferentes, oportunidades diferentes, construções psíquicas e cognitivas também diferentes…
A raça humana é demasiadamente complexa, disparidades existem em qualquer parte da pirâmide: econômica ou social. Todos adoecem, todos têm problemas, traumas, dores, alegrias, crises, tristezas, angústias, sucessos e fracassos.

Note, então, que é simplesmente uma injustiça - de você com você mesmo - qualquer comparação. E aí vale uma genial dica de Freud, quando disse: “A única pessoa com a qual você pode se comparar é com você mesmo, no passado”. Analisar possíveis oportunidades que temos frente ao que observamos nas pessoas e no mundo, desde que partindo de um olhar interno, alinhado com a própria essência, é super saudável. O problema surge quando nos prejudicamos por isso, sofremos, nos inferiorizamos. O desenvolvimento deve ser medido de você para com você mesmo, e de “ontem” para hoje; não na comparação que toma como base o estágio em que o outro está. Estabeleça e busque seus objetivos, inspire-se em pessoas que estão num estágio superior, mas, paralelamente, respeite seu momento, sua história. Respeite-se. Entenda e aceite suas fraquezas, trabalhando para vencê-las, entretanto, é fundamental que você se alegre e vibre muito com suas fortalezas e vitórias, sejam elas do tamanho que forem. Antes de qualquer outra coisa, são elas que te impulsionam, são elas as mais importantes, pelo simples fato: elas são suas!

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