Geralmente os indivíduos soberbos se “gabam” daquilo que não possuem e procuram uma posição de destaque todas as vezes que surgem oportunidades, podendo sentirem –se rejeitados por se exibirem excessivamente. Muitos indivíduos, devido apresentarem baixa autoestima, tendem a se “gabar” atribuindo a si mesmo falsas virtudes, ostentando valores na tentativa sempre de conquistar todos os olhares para si mesmo, assim demonstrando o que lhe faltam através de movimentos psíquicos que evidenciam a soberba.
A desvalorização do ser humano por meioda baixa autoestima é um dos grandes infortúnios, pois quando a autoestima do indivíduo é saudável torna –se naturalizado o valorizar-se, amar-se, priorizar-se, distanciando-se do egocentrismo e egoísmo.
Vale também destacar a importância para que cada pessoa mergulhe na busca do conhecimento, com o intuito de compreender suas próprias limitações e capacidades, pois o autoconhecimento auxilia no amparo das escolhas assertivas, conhecendo seus pontos fortes, recursos psíquicos, além dos pontos fracos, desta maneira facilitando o reconhecer-se de maneira integra e sincera.
A valorização é reconhecida como um processo que acontece internamente no psíquico de todos os indivíduos, vinculadas as suas emoções, esse processo de auto reflexão facilita na exploração e conhecimento, tanto das virtudes quanto dos defeitos. Cabe a cada ser humano suas próprias reflexões, sobre os valores pessoais e sentimentos individualizados que merecem ser sinalizados como valiosos para cada um de nós, porque se atuarmos com esses sentimentos, poderemos oferecer o melhor de nós, para nós mesmos e para os demais.
Essa atitude genuína se distancia do ecossistema dos ostentosos que envolve os indivíduos orgulhosos, soberbos, egocêntricos, pretensiosos, petulantes, que buscam de forma desmedida por reconhecimento de maneira que precisem defende-se de seus fortes sentimentos de inferioridade, pois os indivíduos que se vangloriam acabam erroneamente acreditando conscientemente que podem fazer tudo, porém essa maneira de funcionar na idolatria, aproximando–se do pedantismo e da soberba, identificados em indivíduos onipotentes, prepotentes que demonstra a necessidade de monopolização de diálogos, identificados como monólogos.
No movimento psíquico do soberbo, ele acaba supervalorizando e ostentando tudo que considera vinculado a seus valores pessoais, com condutas se gabando orgulhosamente e desvalorizando os demais e ainda esses vangloriadores tendem a acreditar que sabem sobre tudo em uma posição de desarmonia, posicionando-se acima dos demais, falando continuamente de maneira sedutora, sem compartilhar a oportunidade aos demais, geralmente criando momentos de desconforto por tentarem exibir conhecimentos técnicos que não cabem a ele, não conseguindo demonstrar indicadores de sabedoria, e sim um mecanismo para se destacar em reuniões sociais, desconstruindo qualquer possibilidade de admiração ansiado pelo grupo.
Superestimando-se, o soberbo acaba lhe oferecendo mais valor do que realmente se têm, como uma posição defensiva que oculta sentimentos de desvalorização interna. Um exemplo é quando esses indivíduos preferem não trabalhar do que aceitar uma oportunidade inferior do que almejam por acreditarem se representaria sua desvalorização, culpando externamente a cultura, ou politica, em vez de entrarem em contato com sua própria responsabilidade pela condição que se encontra.
Todos os indivíduos que possuem estilos soberbos tendem a se mostrarem como quase’ perfeitos’, e secretamente esperam encontrar valorização em suas relações e nunca aceitarão que possuem falhas ou que erram, ainda não se mostram animados a dar ou ajudar para receberem reconhecimento, como em qualquer mecanismo defensivo de onipotência, nos indivíduos soberbos claramente prevalecem os sentimentos pessoais de impotência e desvalorização interna que são superficiais.
Quase sempre, quando se conectam com os outros, fazem através do intelectual ou racional, esses indivíduos podem monopolizar uma reunião assumindo a frente com o objetivo de dominar e receber elogios e mostras de valorização dos que rodeiam. E essas formas de ostentação podem ser aprendidas muito rapidamente, com fragmentos de conhecimentos significativos e por meio de uma boa oratória.
Esses “perfeitos” com a necessidade de negar aspectos que evidenciem a impotência e a insegurança, através de um” passe de mágica”, constroem um caráter onipotente e autoconfiante. Claro que essa estrutura não é consciente, não se trata de algo premeditado, é constituído gradativamente, ocultando cada vez mais os sentimentos sombrios que poderiam evidenciar as fraquezas da pessoa.
No entanto, em algum momento esses mecanismos lhe promoverão a rejeição. Inicialmente o onipotente pode de forma empática, ser eloquente e se destacar entre seus interlocutores, mas a medida que essa atitude se repete em todos os assuntos, em todas as oportunidades, as pessoas começam a criar antipatia com o protagonista e surgem atitudes de aversão.
É uma equabilidade diretamente proporcional, de tanto tentar se destacar, com tanta desclassificação, acaba se desvalorizando.
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