06 de outubro de 2024

Pinacoteca Miguel Dutra– 50 anos

Por Walter Naime |
| Tempo de leitura: 2 min

Hoje é um dia de muitas alegrias.
Quero agradecer a deferência dos meus estimados parceiros de equipe os arquitetos João Chaddad e Ciro Gatti Ferraz de Toledo dando essa oportunidade para pronunciar as nossas gratidões.
Cumprimentamos a todos por esses momentos que coroam a nossa Pinacoteca pelos seus 50 anos. Há 50 anos o homem pisava na lua num grande feito da humanidade.
Nessa hora sentimos um pouco de tristeza porque o tempo está fugindo da gente, mas ao mesmo tempo sentimos alegrias por ainda estarmos juntos de vocês.
Na pessoa de seu Diretor Eduardo Borges Araújo esse batalhador incansável, queremos cumprimentar toda a equipe que organizou este evento.
Aos sonhadores do passado: Luciano Guidotti, Archimedes Dutra, Rubens de Carvalho, Leandro Guerrini, Manoel Rodrigues Lourenço, Eugenio Nardim, Florivaldo Coelho Prates, Ermor Zambelo, Fortunato Losso Neto, Eugenio Losso, Joaquim do Marco, Mário Stolf, Milton Camargo, Jairo Ribeiro de Mattos, Rubens Braga, Erothides Gil, grandes promotores das artes, o nosso elevado respeito.
Muitos prefeitos, prestigiaram a manutenção dessa “Casa das Artes”, culminando com a administração de Barjas Negri através da sua secretaria da cultura, nossa querida Rosangela Camolese, que não poderiam ser esquecidos.
São muitas as definições para a Arte e não falaremos delas.
Mas hoje queria perguntar o que é um “Artista”?
Para isso vou usar a figura da maçã de Adão e Eva, não da maçã mordida pela Apple da informática, mas só da mordida da maçã.
Alguém lá atrás, alguém segurando uma maçã vermelhinha, lavadinha e brilhante questionava:
Deus, o Deus, se a vida é má por que me destes? Se a vida é boa por que me tiras? A maçã continuava intocada.
Um espaço de tempo se fez e tudo permanecia em silêncio.
Isso pode acontecer conosco ao sermos questionados quando precisamos tomar decisões.
Às vezes, mesmo com as oportunidades da vida a nossa frente, demoramos para ter as respostas e ela acaba escorrendo pelo vão dos nossos dedos.
Voltamos a nossa maçã que estava perdendo o seu brilho nas mãos inertes do questionador.
Nessa hora, é que se faz necessário, sem receio, tendo a certeza que a maçã é doce, aplicar a mordida certeira consumando uma atitude de vontade e saboreá-la.
Falei de tudo isso para poder dizer, que antes de tudo o “Artista” é um mordedor de maçã não tendo medo de expressar os seus sentimentos, em situações adversas.
É ele que tem coragem de mesmo pulando de um precipício, ter certeza que seu paraquedas vai abrir, trazendo à luz o talento que resulta na obra de arte.
O artista tem brilho próprio, com reflexos divinos.
Quero neste final aplaudir a Arte em todas as suas variantes e aos nossos artistas pela perseverança na busca constante da afirmação humana, dando um viva a Pinacoteca que nos abriga e pelas suas linhas arquitetônicas que de braços estendidos, na viagem do tempo, carinhosamente nos abraçam.

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