21 de dezembro de 2024

Lockdown única solução?

Por Érica Gorga |
| Tempo de leitura: 4 min

Prezados, esse vídeo discute diversas razões para ser contra o lockdown como única solução para a crise do coronavírus:

1) Estudos científicos publicados recentemente em periódicos científicos de grande reputação demonstram que lockdowns não produziram benefícios significativos quanto à disseminação da Covid-19 em nenhum país investigado, inclusive no Brasil. Links para os estudos aqui: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/eci.13484; https://www.nature.com/articles/s41598-021-84092-1; https://academic.oup.com/…/10.1093/cesifo/ifab003/6199605;

2) Países que tiveram lockdowns severos encontram-se no topo da lista dos que mais tiveram mortes por covid-19 no mundo até o dia 7/4. É o caso da INGLATERRA, da ITÁLIA e do PERU, o que demonstra que lockdowns não diminuem as mortes e não são a única solução para a crise. Publiquei o ranking de mortes aqui: https://www.facebook.com/ericagorga/posts/916208625588063. Há países com vacinação avançada que estão experimentando diminuição de mortes de agora em diante em razão do efeito vacina e não em razão de lockdowns.

3) Os Estados Unidos que também se insere no item anterior (muitas mortes com muito lockdown) tem casos interessantes de estados como o TEXAS e a GEÓRGIA que abandonaram a política de lockdowns e apresentam menor número de mortes do que a média dos Estados Unidos. A CALIFÓRNIA com um estrito lockdown tem praticamente o mesmo número de mortes que a FLÓRIDA que abandonou o lockdown, o que mostra novamente que lockdowns não são a única solução para a crise.

4) Mesmo que os lockdowns produzissem benefícios inequívocos, para justificar a sua adoção teríamos que realizar análise de custo-benefício para avaliar se os benefícios suplantariam os custos estratosféricos impostos pelos lockdowns sobre grande parte da população confinada e proibida de trabalhar. A análise de custo-benefício é pré-requisito para políticas públicas. CIENTISTAS de Harvard, Stanford e Oxford, com adesão de cerca de 14.000 CIENTISTAS das classes médica e de saúde, e 42.000 MÉDICOS de todo o mundo, manifestaram-se contra os lockdowns devido aos danos colaterais devastadores causados à população confinada: agravamento de outras doenças como as cardiovasculares e o câncer, overdose de drogas, deterioração da saúde mental, com suicídios e demência, aumento da fome, violência e abusos domésticos contra mulheres e crianças, entre outros. Todos esses fatores também resultam em crescimento exponencial de mortalidade. O fardo dos lockdowns recai sobre os mais jovens e desfavorecidos, em razão do fechamento de escolas, desemprego e queda de renda dos mais pobres, levando à miséria. VEJA A DECLARAÇÃO AQUI: https://gbdeclaration.org/declaracao-de-great-barrington/

5) “Ao contrário das acusações feitas pelos defensores do lockdown, não é preciso acreditar que a Covid-19 não é uma doença séria para se opor ao lockdown.(…) Tudo o que você precisa mostrar é que os lockdowns não controlam melhor a propagação do vírus do que as alternativas menos draconianas.” *Autoria de Veronique de Rugy, pesquisadora da George Mason University, que sintetizou a questão: não existem provas científicas inequívocas e consensuais até agora de que lockdowns são mais eficazes DO QUE OUTRAS MEDIDAS RESTRITIVAS MENOS DRÁSTICAS.

6) Os lockdowns infringem direitos constitucionais e cláusulas pétreas previstas na Constituição Federal, como o direito ao TRABALHO, o direito de LOCOMOÇÃO, o direito à EDUCAÇÃO e o direito à vida DIGNA. Novamente não se pode rasgar a Constituição e dilacerar os direitos de milhões de pessoas, sem ao menos ter prova inequívoca de que os lockdowns seriam a única solução para o problema sanitário da Covid-19.

7) Existe baixa adesão ao "lockdown" na prática e ao isolamento social no país. Os índices de isolamento, divulgados pelos próprios governantes, ficam entre 30 e 40%, na melhor das hipóteses, na maioria das cidades. Portanto, a maioria da população está arcando apenas com os custos, sem desfrutar dos supostos benefícios, que sequer foram comprovados irrefutavelmente. Para qualquer estudioso de políticas públicas, no caso da "norma que não pega", a melhor opção é revogar e tentar outras alternativas menos draconianas, que possam ter maior adesão social. PS: A grande população não adere simplesmente porque não quer, mas porque grande parte precisa sair para buscar sobrevivência.

8) Quem já está em sua casa, cumprindo o seu próprio lockdown, e acredita que os lockdowns são a única solução, não tem nenhum motivo para se opor à falta de lockdown dos demais, pois se lockdown de fato funcionasse, estaria necessariamente SALVO da contaminação no seu confinamento. O fato de existirem pessoas dentro de suas casas querendo impor que outras pessoas façam lockdown é a prova cabal de que consideram que lockdowns não inibem a sua própria contaminação e as suas chances de morte. Portanto, se lockdowns não funcionam para prevenir as mortes nem na visão daqueles que os defendem, não há justificativa para impor prejuízos devastadores para a vida de milhões de pessoas por tal política que não resolve o problema. É uma questão de LÓGICA.

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