Ao deixar a Secretaria da Ação Cultural onde estou desde 2005, e a partir de 2017, SemacTur, tenho uma boa sensação de dever cumprido. Nestes 16 anos, eu e toda equipe que por aqui passou, demos sempre o nosso melhor não só no atendimento as pessoas, mas principalmente na busca por alternativas, programas e projetos que ampliassem a participação popular na vida cultural piracicabana e na construção de políticas públicas eficazes.
Logo que assumimos a antiga Semac, fomos conhecer os espaços com o objetivo de otimizá-los. Eram somente quatro casas, duas delas fechadas. Hoje, com a fusão cultura/turismo, a SemacTur tem sob sua responsabilidade 30 espaços. Naquele momento, nos detivemos no Teatro Dr. Losso Netto e no Engenho Central, para os quais se direcionavam as principais ações.
Assim, o Teatro Losso Netto passou por uma grande reforma, enquanto, paralelamente, recuperávamos a confiança dos produtores culturais para que aquele palco tivesse de volta as atrações do eixo Rio/São Paulo. Deu certo! Além de trazer artistas de renome, com o teatro em melhores condições, foram criados festivais de teatro, dança, música raiz, encontro de corais, além do projeto Prata da Casa que fez sucesso por vários anos. Todos eles vieram ao encontro dos anseios de atores, atrizes, cantores, bailarinos, coreógrafos, musicistas e demais profissionais que passaram a ter novas oportunidades para exibir seus talentos e vê-los reconhecidos.
Com o Engenho Central deu-se algo ainda maior. O sítio histórico do século 19, tombado pelo Codepac e, naquele momento, em processo pelo Condephaat, apresentava condições pouco favoráveis. Graças à sensibilidade e o arrojo do prefeito Barjas Negri, o Engenho teve os dois casarões que abrigam a SemacTur totalmente reformados, os barracões 14 (Salão de Humor), 14A (Ermelindo Nardin) e 5 (Museu do Açúcar) integralmente restaurados e todos os demais passaram por reformas com recursos do tesouro e da iniciativa privada, até mesmo por lei de incentivo.
E as ações não pararam por aí. Também se trabalhou aquilo que ninguém vê, a infraestrutura subterrânea de água, esgoto e cabeamentos foi instalada para permitir a aplicação de piso intertravado substituindo a terra e os pedriscos. Com tudo isso, temos hoje uma das melhores estruturas do Estado para receber shows e festas como a das Nações, Festival Paulista de Circo e Festival Gastronômico por exemplo, além de feiras, workshops, seminários e eventos de formação de diferentes profissionais e artistas.
Mas sobre o Engenho há, ainda, outro legado a ser registrado: a transformação de um armazém abandonado num dos melhores teatros do interior. O Erotídes de Campos nos permitiu ampliar a programação e criar eventos como o Festival Internacional de Música Erudita de Piracicaba e o Festival de Música Ecológica. Importante salientar que todas estas obras se deram para garantir seu uso e a ocupação pela população.
Outro registro importante foi a criação dos cinco Centros Culturais e do Programa Movimentação Cultural que neles implantou oficinas de artes e artesanato atendendo cerca de 1500 crianças, jovens e adultos ao mês.
Por enquanto é isso. Daqui a pouco tem mais! Grata!
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