A troca de comando promovida pelo presidente Jair Bolsonaro no Ministério da Educação não nos dá motivos para nenhuma boa expectativa para a educação brasileira.
O novo Ministro, Carlos Alberto Decotelli da Silva, é oficial da reserva da Marinha, bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), mestre pela Fundação Getúlio Vargas, doutor pela Universidade de Rosário (Argentina) e pós-doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha e foi indicado pela ala militar do Governo Bolsonaro para presidir o FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, onde ocupou a Presidência de fevereiro a agosto de 2019.
No FNDE, trabalhou com o então Ministro olavista Vélez Rodríguez. Foi substituído pelo advogado Rodrigo Sergio Dias devido a uma crise administrativa no órgão, com déficit de funcionários e paralisação de processos. Quando deixou o FNDE, Decotelli foi para a Secretaria de Modalidades Especializadas do MEC.
Juntamente com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, foi professor e membro da equipe de criação do curso de pós-graduação em finanças na PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).
Pelo twitter, Decotelli se comportou de maneira cruel e nada edificante com a jornalista Myriam Leitão, quando escreveu em uma postagem da jornalista sobre o inquérito da fakenews que a “jibóia afetou os seus neurônios”, numa referência à tortura sofrida por ela durante a ditadura militar, quando os militares a fizeram conviver com uma jibóia na cela durante várias horas.
De fato, com referências como esta, só nos resta lamentar o triste destino da educação brasileira nas mãos do governo Bolsonaro e lutar para que ele acabe o mais rapidamente possível.