Um metro e oitenta e cinco centímetros. Esta é a estatura de Jair Bolsonaro -- é uma estatura superior à média do homem brasileiro (1,73 m). No entanto, já passado um ano e três meses de seu desgoverno, pode-se cravar hoje que Bolsonaro não está à altura da Presidência da República. Eleito na esteira do ódio ao PT, em meio ao clima de Fla-Flu político que se instaurou em um Brasil de coração completamente partido, o ex-deputado federal até o momento não desceu do palanque e não apresentou um projeto para o país. Muito pelo contrário, parece apostar no caos, no conflituoso embate que deixa seus fanáticos seguidores com a água na boca. E se não está à altura da Presidência, ele decidiu aprender, estudar para se capacitar? Para crescer? Não, não. Ele opta por tentar diminuir o tamanho da Presidência.
E por quê? Para caber nela.
Mesmo antes de sua posse, Bolsonaro tem se esforçado para reduzir drasticamente a liturgia da Presidência a uma caricata figura inepta, incapaz, inábil, desqualificada e infradotada para conduzir um país em crise, que fragmentado carecia de pontes e não de um alto muro de intolerância.
O presidente, baixo em momentos numerosos ao longo do mandato, usa e abusa de usar falácias e mentiras para justificar o injustificável, fere o decoro e se assemelha mais ao folclórico 'tiozão' do churrasco ao tratar de assuntos importantes, além de revelar uma absoluta incapacidade para a política, para a relação com os outros poderes. Por quê?
Bolsonaro não está à altura da Presidência porque não acredita que a democracia esteja à altura do seu autoritário projeto de poder. É isso. Em alto e bom som..