25 de dezembro de 2024
Filipe Rosa

Cartão de Crédito e cozinha: Qual a conexão?

Por Filipe Rosa, sócio da Capitólio Investimentos e fundador da ComCiência Educacional @sejacomciencia |
| Tempo de leitura: 1 min
Cartão de Crédito

Já recebeu aquela ligação mágica do banco avisando que você tem “crédito pré-aprovado”? Isso pode ser um perigo se você não estiver convicto de que o Cartão de Crédito não é uma extensão de renda, mas sim uma alavancagem.

Se alguém tem renda mensal recorrente (salário, pró-labore, etc.) de R$ 10.000,00, por exemplo, seu orçamento mensal deve respeitar este valor (se não lembra como preparar seu orçamento, neste artigo há a explicação). Suponha que o banco informe a essa pessoa que ela possui cartão de crédito pré-aprovado com limite de R$ 5.000,00. Isso significa que a renda mensal dela aumentou? Significa que ela está ganhando mais?

Claro que não! Significa que, para alguma finalidade muito específica e pontual, ela pode contar com acesso rápido a um dinheiro que, neste exemplo, corresponde a 50% além de sua renda mensal. Uma “ajuda” que, obviamente, não será de graça.

O preço (juros) que os bancos cobram por emprestar dinheiro rápido é muito alto. As taxas de juros de cartões de crédito rotativo no Brasil são exorbitantes e variam de banco para banco.

No site do Banco Central é possível consultar as taxas mensais e anuais de juros para Cartão de Crédito Rotativo da Pessoa Física, (sem cobrar juros por isso). 

Cartão de crédito NÃO é extensão de renda. Seu uso deve ser planejado e dosado de maneira consciente, pois trata-se de um serviço bancário salgado.

O cartão de crédito está para o seu planejamento orçamentário, assim como o sal para um prato de comida. Se você perder a mão e colocar demais, corre o risco de perder tudo.