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26 de abril de 2024

Justiça

Júri condena Regina Rachid a 33 anos de prisão pela morte de americano; suposto amante é absolvido

Crime ocorreu em 2006 e três réus foram julgados nesta semana no Tribunal do Júri de São José dos Campos

Por Xandu Alves
02/12/2021 - Tempo de leitura: 2 min

Vítima. Raymond James Merrill

O Tribunal do Júri de São José dos Campos condenou a esteticista Regina Filomena Rachid a 33 anos de prisão, em regime fechado, pela morte do carpinteiro e músico norte-americano Raymond James Merrill, 56 anos.

Após três dias de julgamento, a então namorada de Merrill em São José foi condenada à pena máxima pelos crimes de homicídio qualificado consumado e ocultação de cadáver.

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Além dela, foram julgados o suposto amante de Regina e que teria sido um dos mentores do assassinato (Nelson Siqueira Neves) e um assaltante contratado pelos dois para ajudar no crime (Evandro Celso Augusto Ribeiro).

Nelson foi absolvido das mesmas acusações que pesavam contra Regina e Evandro foi condenado a três anos de prisão, em regime semiaberto, pelo crime de ocultação de cadáver.

Os três já estiveram presos e foram soltos beneficiados por habeas corpus.

O juiz Milton de Oliveira Sampaio Neto ainda determinou a imediata prisão de Regina Rachid pelos crimes cometidos há 15 anos.

Merrill veio a São José para um encontro com Regina, a quem conhecera na internet. Então, ele teria sido dopado, teve a conta bancária esvaziada e foi morto por enforcamento, no começo de abril de 2006, com um fio de cobre.

Os criminosos teriam sacado US$ 100 mil da conta bancária dele. O corpo do americano foi queimado e jogado em uma estrada rural em Caçapava.

“As circunstâncias revelam a alta reprovabilidade da conduta da ré [Regina Rachid] e a periculosidade de sua personalidade”, apontou o magistrado na sentença.

Sampaio Neto ainda negou a Regina o direito de apelar em liberdade e determinou sua imediata prisão.

TRIBUNAL DO JÚRI

O julgamento começou na manhã de terça-feira (30) sem a presença de público por causa da pandemia. Os réus foram julgados 15 anos após a morte do americano e depois de três adiamentos desde outubro de 2019.

Irmã da vítima, a coreógrafa e professora de dança Marcia Loebick disse se sentir “emocionada ao ver que o julgamento aconteceu”.

“Minha família, meus amigos e muitas pessoas nos EUA e no Brasil estão orando e exigindo justiça para meu irmão e que os criminosos finalmente paguem por seus crimes malignos”, afirmou Marcia.