"Luiz Barsi" é um nome, com certeza, desconhecido da maioria dos brasileiros e essa é exatamente a intenção do próprio. Ele, que é hoje um dos maiores investidores da bolsa de valores brasileira, senão o maior, é adepto de um estilo de vida simples e frugal.
Morador da capital paulistana, utiliza transporte público, roupas simples, mantém o mesmo escritório no centro de São Paulo há décadas. Longe dos holofotes do "Condado" de São Paulo, hoje o famoso "Rei dos Dividendos" acumula fortuna em torno de R$ 2 Bilhões. Como esse senhor que começou a trabalhar aos 7 anos como engraxate, filho de mãe espanhola e pai italiano sem fortunas, atingiu tamanho patrimônio sem contar com nenhuma herança?
Aos seus 14 anos, Barsi conseguiu emprego em uma corretora de valores mobiliários e daí nasceu seu interesse por investimentos. Interesse esse que cresceu e guiou seus estudos. Barsi sempre foi comedido em seu custo de vida e sempre teve visão de longo prazo.
O controle sobre suas finanças pessoais e a visão de longo prazo possibilitaram a Barsi manter irrestrita disciplina em aportes mensais na Bolsa de Valores. Sempre dando preferência a empresas fortes, com ótima capacidade de geração de caixa e boas margens de lucros, Barsi soube se aproveitar muito bem dos Dividendos recebidos para "aumentar seu bolo" e fazer a roda girar.
Qual roda? A roda dos Juros Compostos! Toda empresa que gera caixa e obtém bons lucros possui grande probabilidade de se tornar perene e vencer concorrentes e crises, bem como pagar bons dividendos a seus acionistas.
Toda remuneração advinda de uma carteira de ações terá correlação direta com a quantidade de papéis (ações) possuídas. Quanto maior a quantidade de ações que tenho de determinada empresa, maior será o montante financeiro que receberei de dividendos desta mesma empresa.
Essa foi a grande sacada que permitiu a Barsi consolidar seu patrimônio e se dar muito bem nesse grande "Jogo de Rouba Monte", onde quem ganha é sempre o mais paciente.