Imagine que você é especialista na área de petróleo, com décadas de experiência no ramo e presidente de uma grande empresa desse setor. Você está em constante contato com todas as partes envolvidas: funcionários, acionistas, fornecedores, clientes... de repente, sem aviso prévio, o maior acionista da empresa resolve te substituir (por qualquer motivo que seja). Foi exatamente o ocorrido na Petrobras, empresa cujo maior acionista é o Governo Federal.
Essa semana o atual presidente Jair Bolsonaro anunciou a troca de comando da Petrobras. A empresa de economia mista era até então presidida pelo General do Exército Joaquim Silva e Luna e agora passará para as mãos do competente economista Adriano Pires.
A questão com relação às intervenções governamentais na Petrobras não tem relação com a competência das pessoas escolhidas, qualquer um para se sentar na cadeira de presidente da Petrobras precisa obrigatoriamente ser uma pessoa de referência.
O ponto é que isso gera incerteza. Incerteza sobre a gestão, sobre a continuidade dos projetos, incerteza sobre a continuidade das diretrizes orçamentárias, políticas de preço e tantas outras coisas que demandam continuidade de gestão e independência do conselho para serem decididas.
Por fim refletindo em? Credibilidade. Incerteza sobre futuro gera perda de credibilidade no presente.