29 de novembro de 2024
Ideias

SUCESSÃO DE ORTIZ GANHA MAIS INGREDIENTES

Por Julio CodazziEditor-executivo dos jornais OVALE e Gazeta de Taubaté |
| Tempo de leitura: 2 min

Em março desse ano, eu utilizei esse espaço para abordar a disputa travada no entorno do Palácio do Bom Conselho para definir quem será o candidato do governo à sucessão do prefeito Ortiz Junior (PSDB), que deixará o comando de Taubaté no fim de 2020.

Naquela época, cinco nomes estavam no páreo: os secretários municipais Cláudio Macaé (Educação), Eduardo Cursino (Governo), Edsson Chacrinha (chefe de Gabinete) e Edson Oliveira (Planejamento, e também vice-prefeito), e o vereador Guará Filho (PL). Uns com mais força, outros com menos, mas todos na disputa.

Nos bastidores da política taubateana, a aposta era de que, com o passar do tempo, o cenário ficaria mais definido, com a desistência de alguns nomes e a consolidação de outros. Passados sete meses, no entanto, nada disso aconteceu. Pelo contrário: tudo ficou ainda mais incerto.

Por mais incrível que pareça, outros dois nomes passaram a ser cogitados internamente, chegando-se ao inacreditável número de sete postulantes, e isso faltando menos de um ano para a eleição.

Um dos novos nomes vem do próprio governo. Trata-se de Johnny Bibe, que assumiu no início do mês a secretaria de Desenvolvimento e Inovação, no lugar do pai dele, Geraldo de Oliveira Neto. Bibe é da confiança tanto de Ortiz Junior quanto do pai do tucano, o ex-prefeito José Bernardo Ortiz (PSDB), que o levou para a FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) em 2011, onde permaneceu até o ano passado.

O outro nome que passou a ser cotado recentemente seria a aposta em alguém de fora da política, um outsider: o padre Rodrigo Natal, que também é radialista e cantor.

Se tudo isso já não fosse suficiente para deixar o cenário turvo, eis que surge uma possibilidade que se fosse dita tempos atrás pareceria um absurdo: a família Ortiz, que desde sempre comanda o PSDB de Taubaté, corre o risco de perder o controle do partido.

Esse risco tem nome, sobrenome e um importante cargo: João Doria (PSDB), governador de São Paulo. Doria ainda não engoliu o fato de Ortiz ter apoiado outro nome nas prévias tucanas para definir quem seria o candidato do partido ao governo estadual. Além disso, já na eleição, o prefeito de Taubaté transparecia preferência por Márcio França (PSB). E com o adendo de que Ortiz é da ala que apoia Geraldo Alckmin (PSDB), que não se bica com Doria. Nos bastidores, a informação é de que o governador tentará passar o comando do PSDB para Marco Fenerich, presidente da Lide Vale do Paraíba, grupo ligado justamente a Doria. Com isso, Fenerich seria o candidato tucano em 2020.

O que parecia ser uma minissérie, virou uma grande novela, com promessa de emoção e algumas reviravoltas nos próximos capítulos..