31 de dezembro de 2025
JOSÉ LUIZ

Cineastas de Guaratinguetá recebem prêmio no Canadá

Por Interino | Colunista social
| Tempo de leitura: 2 min
Pedro Rossi/Divulgação
Cineastas de Guaratinguetá recebem prêmio no Canadá

Na última semana, os cineastas guaratinguetaenses Tomás Cassemiro e Murilo Jardim foram anunciados como vencedores na categoria Melhor Roteiro – Curta-metragem Internacional do ‘Toronto Global Film Festival’ com o filme ‘Sedição’. A premiação, que reúne filmes e documentários de todo o mundo, ocorreu em uma das cidades mais multiculturais e vibrantes do cinema global.

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“Ficamos muito felizes. O filme já rodou em alguns festivais nacionais, na Paraíba, em Santa Catarina, entre outros, mas é a primeira vez que chegamos tão longe”, declarou o diretor e roteirista Tomás Cassemiro. ‘Sedição’, título que se refere às fugas e rebeliões entre os escravizados, usa as paisagens do Vale do Paraíba para abordar a cultura do café.

“O filme discute os conflitos sociais, raciais e os personagens históricos que os protagonizaram no decorrer da história do nosso país […]. O Capitão do Mato, o Senhor dono de terras e escravos, e outras figuras se remodelaram, se adaptaram ao mundo moderno, mas, infelizmente, continuam existindo”, explicou Murilo Jardim que também assina a direção do curta-metragem contemplado pelo edital da SPCine, empresa de cinema e audiovisual de São Paulo.

A conquista do prêmio internacional se tornou um marco na cultura valeparaibana. “A sensação é de que conseguimos traduzir a nossa história através da linguagem do cinema, tornando-a visível, compreendida dentro de uma realidade diferente da nossa”, afirmou Murilo. Ocurta-metragem conta com as atuações de Rodrigo de Odé, estrela de ‘O Negociador’ (2023), série da Amazon Prime, Anderson Salles, Mara Céli, Nilson Muniz, Paulo Guilarducci e Mestre Zelão.

Os cineastas destacam o compromisso com as histórias regionais e o potencial da sétima arte como expressão cultural. “Existem muitas histórias para serem contadas no Vale do Paraíba, e a vontade é de continuar traduzindo-as para o cinema”, concluiu Murilo Jardim, deixando claro o desejo de dar sequência ao trabalho audiovisual na região.