Um homem de 55 anos, que estava em saída temporária do sistema prisional, morreu após confronto com a Polícia Militar na tarde de Natal (25), em São José dos Campos. Agora, novos detalhes são revelados.
Segundo o boletim de ocorrência, ele agrediu a própria mãe, fez ameaças de morte e investiu contra policiais, que tentaram contê-lo com armas não letais antes dos disparos fatais.
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O caso aconteceu na Rua Benedito Pereira Garcia, no bairro Capão Grosso, zona sul da cidade, e foi atendido por equipes do 46º BPM-I, com apoio da Força Tática, do Baep e do helicóptero Águia.
De acordo com relatos de policiais militares, a ocorrência começou como um chamado de violência doméstica. No local, o homem, identificado como Wanderlei Francisco da Silva, apresentava comportamento extremamente agressivo, arremessando objetos e utilizando um porrete contra os agentes.
Segundo a PM, os policiais tentaram conter o agressor com Taser e, posteriormente, com munição de impacto controlado (elastômero), mas as medidas não surtiram efeito. Durante a ação, o homem teria ferido a própria mãe com um tesourão e se refugiado em um quarto, onde montou barricadas.
Mesmo após diversas tentativas de verbalização, o suspeito permaneceu hostil. No momento em que a porta do quarto foi arrombada, ele teria sido visualizado armado por parte da equipe, o que levou aos disparos de arma de fogo. O agressor foi atingido, desarmado e o SAMU foi acionado, mas ele morreu no local.
A mãe recebeu atendimento médico por conta dos ferimentos.
Familiares relataram à polícia que Wanderlei estava alterado desde a manhã, com sinais de uso de drogas, ameaçando parentes e dizendo que iria “matar todos”. Segundo a mãe, ele chegou a preparar uma mangueira de gás, insinuando que provocaria uma explosão dentro da residência.
O boletim aponta que o homem estava em saída temporária e já havia sido condenado por tentativa de homicídio contra a própria mãe, além de ter passagens por tentativa de estupro.
O local foi periciado pelo Instituto de Criminalística (IC), que recolheu vestígios para análise. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial, além de lesão corporal e violência doméstica, com base na Lei Maria da Penha.
O boletim destaca que nenhum dos policiais que prestaram depoimento afirmou ter visto diretamente uma arma de fogo com o homem no momento final da ação. A arma apresentada posteriormente não foi localizada no local durante a perícia inicial. Os policiais que efetuaram os disparos optaram por permanecer em silêncio e as imagens das câmeras corporais ainda não foram apresentadas, o que será analisado pela Polícia Civil.