A morte de Charlene Vieira, de 45 anos, ganhou novos desdobramentos em São José dos Campos.
O namorado da vítima, Darlan Gonçalves do Nascimento, investigado pela Polícia Civil, foi preso preventivamente na tarde desta segunda-feira (22), após decisão da Justiça que acolheu o pedido da autoridade policial e a recomendação do Ministério Público.
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Darlan foi conduzido pela Polícia Militar à CPJ (Central de Polícia Judiciária) de São José e deve passar por audiência de custódia nesta terça-feira (23). A audiência tem como objetivo avaliar a legalidade da prisão, não representando julgamento sobre o mérito do caso.
A Polícia Civil investiga se Charlene caiu ou se foi empurrada da varanda do 2º andar de um imóvel localizado na região central da cidade, no bairro Jardim Bela Vista.
A reportagem tenta contato com a defesa de Darlan Gonçalves do Nascimento. O espaço segue aberto para manifestação.
A prisão preventiva é uma medida cautelar prevista em lei, aplicada quando há indícios de que a liberdade do investigado possa prejudicar a investigação, representar risco à ordem pública ou comprometer a aplicação da lei penal.
No caso Charlene Vieira, o pedido foi fundamentado pelo delegado responsável pelo inquérito e acolhido pela Justiça, com parecer favorável do Ministério Público, diante da complexidade do caso e da necessidade de aprofundamento das apurações.
Desde o início, a Polícia Civil registrou a ocorrência como “morte suspeita” e destacou a existência de “dúvida razoável” quanto à hipótese inicial de suicídio.
Segundo relatos colhidos pela polícia, houve discussão entre o casal momentos antes da queda, o que levou os investigadores a ampliar a apuração para esclarecer a dinâmica dos fatos.
A ocorrência teve início na noite de 6 de dezembro, em um endereço da Avenida Marechal Castelo Branco, no Jardim Bela Vista, região central de São José dos Campos. Charlene chegou a ser socorrida e encaminhada ao Pronto-Socorro da Vila Industrial, mas o óbito foi comunicado posteriormente à polícia.
Outra frente importante da investigação envolve um áudio gravado logo após a queda, que foi anexado ao inquérito policial. No diálogo, há questionamento direto sobre o ocorrido e uma negação do homem, incluindo a frase: “Você viu eu jogando? Eu nunca fiz isso…”
O material é tratado como elemento de contexto e será analisado em conjunto com laudos periciais, depoimentos formais e eventuais imagens de câmeras de segurança.
O inquérito segue sob responsabilidade da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de São José, que funciona 24 horas e é especializada em casos de violência doméstica e familiar. Até o momento, a Polícia Civil não concluiu publicamente se houve crime, e as apurações continuam.