A FAB (Força Aérea Brasileira) e a empresa sul-coreana Innospace marcaram para esta segunda-feira (22), às 15h45, a quarta tentativa de lançamento do foguete que fará o primeiro voo comercial espacial do Brasil, no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão.
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A operação faz parte da missão Spaceward e conta com apoio da AEB (Agência Espacial Brasileira). O lançamento é considerado um passo importante para inserir o Brasil no mercado internacional de lançamentos espaciais.
Segundo os organizadores, a iniciativa pode atrair investimentos e ampliar as oportunidades de geração de renda no setor espacial, com Alcântara sendo apontada como estratégica para missões comerciais por causa da localização geográfica favorável.
Esta é a terceira vez que o lançamento do foguete HANBIT-Nano é reprogramado. Em 21 de novembro, véspera da data inicialmente prevista, a missão já havia sido adiada para a realização de ajustes adicionais no veículo e avaliação do desempenho durante o voo.
O lançamento foi remarcado para 17 de dezembro. Entretanto, a missão precisou cancelada após a detecção de uma "anomalia no dispositivo de resfriamento do sistema de fornecimento de oxidante do primeiro estágio do foguete, durante o procedimento de inspeção final de lançamento".
O cancelamento aconteceu pela necessidade da realização de inspeção técnica no funcionamento da válvula utilizada para o abastecimento do tanque de metano líquido do segundo estágio do foguete.
O HANBIT-Nano é capaz de atingir a atmosfera e chegar ao espaço em até três minutos, tem 21,9 metros de altura, pesa 20 toneladas e possui 1,4 metro de diâmetro (veja mais detalhes abaixo). Em sua trajetória até a órbita da Terra, ele pode chegar a 30 mil km/h.
Em números simplificados, ele equivale à altura de um prédio de sete andares, pode voar até 30 vezes mais rápido que um avião comercial e tem peso semelhante ao de quatro elefantes africanos.
Batizada de Spaceward, a missão envolve um trabalho coordenado pela FAB e pela AEB. O objetivo é levar ao espaço cinco satélites e três dispositivos que auxiliarão pesquisas em mais de cinco áreas, desenvolvidas por instituições do Brasil e da Índia.