A esteticista Regina Filomena Crasovich Rachid, presa após ficar foragida e condenada pela morte do carpinteiro e músico norte-americano Raymond James Merrill, obteve na Justiça a progressão para o regime aberto e deixou a prisão. O crime ocorreu em 2006, em São José dos Campos.
Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp
Regina foi condenada em 2021 a 33 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A defesa recorreu, e o TJ-SP reduziu a pena para 20 anos.
Segundo o Tribunal, ela progrediu ao regime aberto em março deste ano, após cumprir fração da sentença e apresentar boa conduta carcerária.
Antes do benefício, Regina teve pedidos negados. Em abril de 2024, ainda presa na Penitenciária Feminina 2 de Tremembé, não conseguiu avançar ao regime semiaberto.
A mudança só ocorreu em fevereiro de 2025, quando a Justiça autorizou o semiaberto — decisão contestada pelo Ministério Público. O juiz responsável destacou o comportamento positivo da detenta, ausência de faltas disciplinares, trabalho na prisão e parecer favorável do exame criminológico.
Em 12 de março de 2025, um novo acórdão determinou que ela deixasse a prisão para cumprir pena em regime aberto.
Regina deverá obedecer a uma série de regras: comparecer trimestralmente à Vara de Execuções Criminais; comprovar atividade lícita; cumprir recolhimento domiciliar das 22h às 6h; não sair da comarca sem autorização; comunicar mudança de endereço; não frequentar bares, casas de jogo ou locais incompatíveis com o benefício.
No dia 4 de julho de 2025, ela foi formalmente advertida sobre todas as condicionantes.
Raymond James Merrill, de 56 anos, conheceu Regina pela internet e viajou ao Brasil para encontrá-la. Segundo a investigação, ele foi dopado, teve a conta bancária esvaziada em cerca de US$ 100 mil e acabou morto por enforcamento com um fio de cobre.
O corpo foi queimado e abandonado em uma área rural de Caçapava, em abril de 2006.
Após três dias de julgamento, Regina recebeu a pena máxima. Também foram julgados Nelson Siqueira Neves, apontado como suposto amante e mentor do crime, e Evandro Celso Augusto Ribeiro, acusado de participar da execução.
Nelson foi absolvido. Evandro recebeu pena de três anos por ocultação de cadáver. Os três chegaram a ser presos preventivamente, mas foram liberados por habeas corpus antes do julgamento.
Em 2022, poucos meses após a condenação, Regina recebeu autorização para recorrer em liberdade. Ela estava fora da prisão desde 2012, também em razão de habeas corpus concedido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).