Requerimentos
Aproveitando o fato de ter maioria na Câmara de São José dos Campos, a base aliada ao governo Anderson Farias (PSD) conseguiu rejeitar nessa terça-feira (25) um total de 11 requerimentos da oposição que cobravam informações da Prefeitura.
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Base aliada
Atualmente, a base aliada é composta por 13 vereadores: Claudio Apolinário (PSD), Fabião Zagueiro (PSD), Gilson Campos (PRD), Lino Bispo (PL), Marcão da Academia (PSD), Marcelo Garcia (PRD), Milton Vieira Filho (Republicanos), Rafael Pascucci (PSD), Renato Santiago (União), Rogério da Acasem (PP), Sidney Campos (PSDB), Zé Luis (PSD) e Roberto do Eleven (PSD) - Eleven, que é o presidente da Câmara, vota apenas em caso de empate.
Oposição
Já a oposição é composta por oito vereadores: Amélia Naomi (PT), Anderson Senna (PL), Carlos Abranches (Cidadania), Fernando Petiti (PSDB), Juliana Fraga (PT), Roberto Chagas (PL), Sérgio Camargo (PL) e Thomaz Henrique (PL).
Saúde
No primeiro requerimento, Anderson Senna pedia "informações acerca da qualidade do atendimento prestado na UBS Chácaras Reunidas, bem como o da equipe de Saúde da Família". O texto foi rejeitado por 11 a 9. Dos vereadores governistas, Lino Bispo votou a favor.
Médicos
No segundo requerimento, Sérgio Camargo pedia "informações a respeito da falta de vagas para consulta com médicos, principalmente na especialidade clínica geral, na UBS do bairro Jardim Oriente". O texto foi rejeitado por 10 a 9. Dos vereadores governistas, Lino votou a favor e Marcelo Garcia se absteve.
Metanol 1
No terceiro requerimento, Senna pedia "informações relativas à fiscalização e orientação ao consumidor sobre o uso dos kits para detecção de metanol em bebidas alcoólicas". O texto foi rejeitado por 11 a 9. Dos vereadores governistas, Lino votou a favor.
Metanol 2
No quarto requerimento, Senna pedia "informações sobre os procedimentos de aplicação, fiscalização e responsabilidade no uso dos kits para detecção de metanol em bebidas". O texto foi rejeitado por 11 a 9. Dos vereadores governistas, Lino votou a favor.
Metanol 3
No quinto requerimento, Senna pedia "informações sobre a distribuição dos kits para detecção de metanol em bebidas alcoólicas". O texto foi rejeitado por 11 a 9. Dos vereadores governistas, Lino votou a favor.
Cirurgia
No sexto requerimento, Juliana Fraga pedia "informações sobre a demora no agendamento de cirurgia otorrinolaringológica infantil" para uma criança que, segundo a mãe, "apresenta infecções de ouvido recorrentes, acompanhadas de perda auditiva progressiva, situação amplamente comprovada por exames e avaliações médicas". O texto foi rejeitado por 13 a 7. Dos vereadores da oposição, Thomaz Henrique votou contra.
UBS
No sétimo requerimento, Sérgio pedia "informações quanto à especialização dos profissionais médicos lotados" nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da região sul da cidade. O texto foi rejeitado por 11 a 9. Dos vereadores governistas, Lino votou a favor.
Diária
No oitavo requerimento, Sérgio pedia "informações quanto a diária oferecida para pacientes em tratamento médico fora do município". O texto foi rejeitado por 11 a 9. Dos vereadores governistas, Lino votou a favor.
Entulho
No nono requerimento, Carlos Abranches pedia "informações sobre o acúmulo de entulho em áreas públicas e as medidas de fiscalização realizadas pela Prefeitura". O texto foi rejeitado por 12 a 8.
Escola
No 10º requerimento, Abranches pedia "informações acerca da previsão de conclusão e entrega da obra da Efeti [Escola de Formação em Tempo Integral] Bosque dos Ipês". O texto foi rejeitado por 12 a 8.
Tratamento
No 11º requerimento, Sérgio pedia "informações quanto ao tratamento de pacientes locais fora do município". O texto foi rejeitado por 11 a 9. Dos vereadores governistas, Lino votou a favor.
Blindagem
A rejeição de requerimentos é uma forma de blindar o governo Anderson, já que esse tipo de documento deve ser respondido obrigatoriamente em 15 dias quando aprovado em plenário. Com a rejeição, a Prefeitura não é obrigada a responder à Câmara.
Balanço
Apenas em 2023, a base aliada ao governo Anderson na Câmara barrou 182 requerimentos que cobravam informações da Prefeitura. Em 2024, a blindagem deixou de ser adotada a partir de agosto, quando a oposição passou a ter mais cadeiras. No início de 2025, com a bancada governista retomando a maioria, a manobra voltou a ser aplicada.