A Polícia Civil de São José dos Campos deflagrou uma operação de fiscalização em adegas da região sul da cidade após a suspeita de intoxicação causada por uma bebida alcoólica da marca Pitu. A ação, que teve como ponto de partida a morte de uma pessoa que teria consumido o produto, mobilizou equipes do 3º Distrito Policial, da Guarda Civil Municipal, da Fiscalização de Posturas e da Vigilância Sanitária.
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O foco principal da operação foi a Adega União, localizada na Rua Santo Expedito, no bairro Residencial União. No local, os agentes encontraram e apreenderam 13 latas da bebida suspeita, além de outras três unidades recolhidas pela Polícia Civil, que serão encaminhadas ao Instituto de Criminalística para análise pericial. Como medida preventiva, o estabelecimento foi interditado cautelarmente e está proibido de vender o produto até a conclusão dos laudos e das investigações.
De acordo com o boletim da Central de Polícia Judiciária, o caso está sendo apurado como possível intoxicação por metanol, substância altamente tóxica presente em algumas adulterações de bebidas alcoólicas e que pode causar cegueira, danos neurológicos e até a morte.
Durante a operação, as equipes também realizaram abordagens a veículos e frequentadores, verificaram documentações e reforçaram as orientações sobre o funcionamento regular de adegas, incluindo a proibição do consumo no local e o encerramento das atividades até as 22h.
Segundo a Polícia Civil, a ação teve caráter preventivo e repressivo, integrando o esforço conjunto das forças de segurança e órgãos municipais para garantir a saúde pública e coibir o comércio de produtos adulterados. As fiscalizações devem continuar nos próximos dias em outros bairros da cidade.
Em nota, a empresa responsável pela bebida se disse surpresa.
"A Pitú foi pega de surpresa com a informação da reportagem, não tendo sido contactada nem comunicada pela polícia de São José dos Campos a respeito do caso. Recebemos com estranheza a suspeita de contaminação pela bebida em lata, uma vez que esse tipo de embalagem é inviolável. Tão logo tenhamos conhecimento da veracidade do caso, e das análises periciais, poderemos nos manifestar", disse.