Os metalúrgicos da empresa Sonaca entraram no quinto dia de greve, nesta segunda-feira (27), por reajuste salarial. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a produção permanece paralisada na fábrica da cidade.
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A Sonaca é uma fornecedora da Embraer, localizada na zona sul de São José dos Campos, e emprega cerca de 850 pessoas. A empresa produz peças aeronáuticas para diversas empresas.
A greve foi iniciada na quinta-feira (23). Os trabalhadores reivindicam 8,5% de reajuste salarial, R$ 3 mil de abono e assinatura de acordo coletivo de trabalho que garanta direitos superiores aos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Até agora, segundo o sindicato, a empresa não aceitou negociar diretamente com a entidade, que permanece aberto ao diálogo.
O aviso de greve foi aprovado e enviado à Sonaca no dia 24 de setembro. Na ocasião, os metalúrgicos rejeitaram a proposta da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), representante do setor aeronáutico, que incluía reajuste salarial de 6,1% e retirada de direitos da última convenção coletiva.
Desde então, os trabalhadores exigem que a fábrica negocie diretamente com a entidade sindical, já que não houve acordo com a Fiesp.
“Os trabalhadores da Sonaca sabem que a greve é o único instrumento capaz de mudar o cenário de exploração que a direção da empresa pratica. Não vamos aceitar o assédio da empresa, que tem provado cada vez mais revolta sobre os metalúrgicos. Vamos continuar com força total”, disse José Eduardo Gabriel, o Bob, diretor do sindicato.
Procurada pela reportagem, a empresa Sonaca ainda não se manifestou sobre a greve. O espaço segue aberto.