O menino Isaac, de 7 anos, que havia sido internado em coma após ser brutalmente agredido pelo padrasto em Pindamonhangaba, acordou no começo da noite desta segunda-feira (13). A informação foi confirmada pelo pai da criança, que comemorou emocionado a recuperação do filho.
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“O médico aqui do Regional disse que o Isaac foi um milagre”, contou Wesley Amaral Siqueira Nunes. “Graças a Deus ele está respondendo bem aos medicamentos e foi retirado o tubo de respiração. O neurologista me disse que ele vai ter uma ótima recuperação. Foi a melhor notícia do meu dia.”
Isaac permanece sob cuidados médicos no Hospital Regional do Vale do Paraíba, em Taubaté, mas já apresenta melhora significativa no quadro clínico após dias de incerteza e tensão.
O caso.
O crime aconteceu na noite de sexta-feira (10), durante uma confraternização em uma adega localizada na rua Agenor Pereira, no bairro Jardim Santa Cecília, em Pindamonhangaba. Segundo o boletim de ocorrência, o padrasto, Alexandre Cafalloni da Rosa, teria consumido bebida alcoólica e se irritado com o menino após ele perder uma rodada de um jogo. Em um acesso de fúria, o homem agarrou a cabeça da criança e a bateu várias vezes contra o chão, provocando fraturas graves no crânio e na face.
Logo após a agressão, Alexandre e a mãe do garoto levaram o menino ao Hospital Regional de Pindamonhangaba, tentando enganar a equipe médica ao afirmar que ele havia caído de uma cadeira. Uma enfermeira desconfiou das lesões e alertou a polícia. O agressor fugiu do local, enquanto a mãe foi contida por funcionários até a chegada das autoridades.
Prisão.
A Polícia Civil iniciou uma força-tarefa imediatamente após o crime. Em menos de 72 horas, o Setor de Investigações Gerais da Delegacia de Pindamonhangaba, com apoio da Delegacia de Defesa da Mulher, conseguiu localizar e prender Alexandre Cafalloni.
Durante as diligências, os policiais apreenderam uma pistola calibre 9 mm, 80 munições e armas de airsoft na residência do casal. A prisão temporária foi decretada pela Justiça após representação da Polícia Civil. O caso foi registrado como homicídio qualificado tentado, mas pode ser reclassificado, dependendo da evolução médica do menino.