Conhecido nacionalmente como o “presídio dos famosos”, o Complexo Penitenciário de Tremembé, no interior de São Paulo, vive atualmente uma disputa incomum de liderança entre dois de seus presos mais conhecidos: o ex-jogador de futebol Robinho, condenado por estupro coletivo na Itália, e o empresário Thiago Brennand, também condenado por crimes sexuais.
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Diferente de outros presídios, onde a força ou a ligação com facções criminosas determinam quem exerce o poder, em Tremembé o que pesa é a popularidade entre os presos. De um lado está Robinho, ídolo do Santos e ex-astro da Seleção Brasileira, que tem usado sua experiência no futebol para conquistar prestígio. Do outro, Thiago Brennand, herdeiro de uma família rica de Pernambuco, que tenta garantir influência distribuindo benefícios materiais.
As informações foram divulgadas pelo programa Cidade Alerta, da TV Record.
Para atrair aliados, Brennand investiu dinheiro: comprou 30 pares de chuteiras de marca internacional e distribuiu aos colegas de cela, além de oferecer chocolates importados e até pagar advogados para outros detentos. Já Robinho, sem o mesmo poder financeiro, aposta no carisma e no futebol: assumiu o papel de técnico de um dos times que disputam partidas internas e ensina “pedaladas” aos colegas. Segundo relatos, muitos presos fazem pequenos favores ao ex-jogador – como arrumar a cama ou limpar a cela – apenas para estar próximos ao ídolo.
Desde a chegada de Robinho ao presídio, a movimentação de visitantes aumentou. Filhos de detentos passaram a frequentar o local apenas para ver o ex-jogador de perto. O jornalista e escritor Ulisses Campbell, que pesquisou e publicou um livro sobre Tremembé, afirmou que Robinho é hoje “o mais cortejado por funcionários e presos”.
Com cerca de 6 mil detentos, Tremembé já abrigou nomes conhecidos nacionalmente, como Suzane von Richthofen, Alexandre Nardoni e Gil Rugai. O local ganhou fama justamente por receber condenados de grande repercussão na mídia. .