A Polícia Civil investiga o envolvimento de cinco jovens no estupro coletivo de Sarah Picolotto dos Santos Grego, de 20 anos, que depois foi morta brutalmente em Ubatuba. A violência sexual foi gravada pelo grupo.
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A OVALE a delegada responsável pelo caso, Ana Carolina, afirmou que os vídeos serão peças-chave no inquérito. “Estamos trabalhando para identificar formalmente os quatro jovens [além do autor do homicídio, já identificado]. Esses vídeos gravados durante os atos serão fundamentais para esclarecer o que aconteceu e responsabilizar todos os envolvidos”, afirmou a delegada a OVALE.
A reportagem teve acesso aos vídeos que mostram os jovens mantendo relações com Sarah.
Alessandro Neves dos Santos, de 24 anos, confessou ter matado a jovem, na noite do último dia 10, e indicou à polícia onde estava o corpo de Sarah, encontrado na última sexta-feira (15). Na delegacia, questionado sobre as relações entre Sarah e o grupo, ele afirmou que "nada foi voluntário".
Após confessar o crime, Alessandro foi liberado pela Justiça, na última sexta-feira. Agora, nesta terça-feira (19), a Justiça reconsiderou a decisão e decretou a prisão temporária do jovem, que está foragido.
“Ele foi solto mesmo com parecer favorável da promotoria pela prisão. Após isso, acabou fugindo e agora é considerado foragido”, disse Ana Carolina.
Investigação.
Segundo a investigação, Sarah chegou a Ubatuba um dia antes do crime, em 9 de agosto, vinda de Jundiaí, onde vivia.
Após se hospedar na casa de um rapaz que conheceu pela internet, ela foi a uma adega, onde consumiu bebidas com Alessandro e outros quatro homens. A vítima estava sob efeito de álcool, drogas e medicamentos controlados, o que a tornava incapaz de consentir. “Ainda que em alguns vídeos ela apareça sorrindo, juridicamente não existe consentimento válido, porque ela estava em condição de vulnerabilidade”, explicou a delegada.
Mais tarde, já sozinho com Sarah, Alessandro a levou até uma construção de familiares, local onde ocorreu o homicídio. Ele confessou ter enforcado Sarah após uma discussão, dizendo-se embriagado e drogado. Depois, arrastou o corpo para uma área de mata e o cobriu com folhas.
Violência.
Para a delegada, a investigação vai além do homicídio. “Estamos diante de um possível crime de estupro de vulnerável. Mesmo sem penetração, o sexo oral praticado pelos quatro jovens já configura o delito pela lei atual. Eles podem ser responsabilizados criminalmente”, afirmou a delegada.
O caso segue mobilizando a comunidade e gerando grande repercussão em Ubatuba. Segundo Ana Carolina, uma rádio local recebeu informações que Alessandro teria sido morto, o que não foi confirmado.