15 de dezembro de 2025
FILHA DE PASTOR

Após morte de Sarah, mãe diz que 'nada vai tirar Jesus de nós'

Por Da redação | Ubatuba
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Sarah ao lado dos pais

Não há dor maior.
Após a perda da filha, brutalmente assassinada, os pais de Sarah Picolotto dos Santos Grego, de 20 anos, amargam uma dor imensurável e a revolta pela libertação do assassino confesso da jovem. Diante de uma dor tão profunda, a família, que vive em Jundiaí, se apega à fé.

Sarah, que era filha de pastor e morava em Jundiaí, foi morta em Ubatuba e a polícia suspeita que ela tenha sido vítima de um estupro coletivo antes de perder a vida.

A mãe da jovem, Tânia Picolotto, usou as redes sociais para compartilhar uma mensagem de fé em meio ao luto: “Deus tem um chamado para a nossa casa e nada nesse mundo vai tirar Jesus de nós. Ainda que para te servir, Jesus, eu tenha que chorar, te servirei porque comigo estarás. Sofrer contigo é bem melhor do que errar”, escreveu a mãe.

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Já o pai de Sarah, o pastor Leonardo Pereira dos Santos, desabafou contra a decisão da Justiça: “É muito injusta essa decisão, ele não sabe a dor que minha casa está passando, e nem a brutalidade que fizeram com minha filha”.

A libertação do autor do crime provocou indignação e protestos tanto da família quanto de entidades de defesa dos direitos das mulheres.

“Que mundo é esse? O cara confessou o crime e saiu pela porta da frente, não dá para acreditar”, escreveu uma internauta. Outra afirmou: “Liberado pela justiça dos homens, mas da justiça de Deus ele não escapa”.

O Instituto Todas por Uma classificou a decisão como um símbolo da impunidade: “Mais uma vez, vemos o sistema falhar em proteger as mulheres e punir os responsáveis. Basta! Não vamos nos calar”.

O crime

Sarah estava desaparecida desde 9 de agosto e foi encontrada morta no dia 15, enterrada perto de uma cachoeira no bairro Rio Escuro, em Ubatuba.

Segundo a investigação, antes de ser morta, a jovem foi levada para uma adega, onde estava acompanhada de cinco homens, e obrigada a praticar sexo oral. Depois, foi levada até a casa de Alessandro, onde ocorreu uma briga, e ele confessou ter a enforcado e ocultado o corpo.

A polícia solicitou exames necroscópico, toxicológico e sexológico para detalhar as circunstâncias da violência.

Corrente de apoio

Amigos e moradores de Jundiaí, cidade natal da família, se uniram em mensagens de solidariedade. “Sinto muito Tânia, que Deus te dê muita força para superar esse momento tão difícil”, disse uma amiga. “Não há palavras que possam aliviar a dor de uma perda assim, mas saibam que estamos aqui para apoiar”, escreveu outra.

A comunidade também se mobiliza em orações para prestar apoio à família pastoral, que transformou o luto em um ato de fé pública.