15 de dezembro de 2025
ALMIR ESTÁ FORAGIDO

'Corremos risco de vida', diz irmã de Andressa, atacada em SJC

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Almir atacou Andressa em São José

"Estamos correndo risco de vida".

Reféns do medo, os familiares de Andressa Antunes dos Santos, de 39 anos, atacada a golpes de tesoura pelo ex-marido, Almir Lourenço da Silva, na última quarta-feira (13), em São José dos Campos, temem por suas vidas e cobram a prisão do autor do crime.

"Enquanto ele não for pego, não vamos viver em paz. Ele dizia que iria matar a gente", desabafou a família à reportagem de OVALE. Almir segue foragido, o que deixa a família em pânico. Eles acreditam que, mesmo se preso, ele possa ser liberado rapidamente.

"Esperamos que ele, quando for preso, não saia tão cedo, porque vai vir atrás da gente", disse a irmã de Andressa.

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A família é proprietária da lanchonete Altas Horas, na zona sul, que fechou as portas na quarta-feira, por medo de represálias, mas reabrirá nesta quinta. "Hoje vamos tentar abrir, porque não podemos ficar fechados até encontrar ele. É a nossa sobrevivência. Como vamos viver?", afirmou a irmã.

Quem tiver informações sobre o paradeiro de Almir pode acionar a polícia, pelo 190 ou 181.

O crime.

A tentativa de feminicídio aconteceu no Bosque dos Eucaliptos, enquanto Andressa caminhava na rua Ipatinga, após levar o filho para a creche. Almir Lourenço da Silva, seu ex-marido, a acompanhava de bicicleta. Ele a atacou com uma tesoura e desferiu três golpes, ferindo Andressa gravemente.

"Ele tentou matar ela, chegou bem perto da veia do pescoço. Então ela está bem graças a Deus, graças a um cirurgião que estava no local e ajudou, estancando o sangue, que era muito. Porém são sequelas que ficaram paro resto da vida", contou à reportagem de OVALE a irmã da vítima.

Hospital.

Mãe de quatro filhos, cozinheira e pessoa muito querida na zona sul, Andressa segue internada no Hospital Municipal de São José. De acordo com a família, o quadro é "estável" e a previsão é que ela tenha alta médica em quatro dias.

Segundo o relato da família, Andressa e Almir mantinham um relacionamento há cerca de 20 anos, marcado por idas e vindas, sempre com ameaças. “Ele já tinha ameaçado toda a nossa família. Dias antes do ataque, chegou a jogar facas no chão para nos intimidar”, contou a irmã.

Recentemente, Andressa decidiu romper de vez com Almir, que, de acordo com a família, seria usuário de drogas. Bloqueou a entrada do ex no prédio e iniciou o processo para obter medida protetiva — decisão que, segundo a família, enfureceu o agressor. Na quarta-feira, ele a aguardou na frente da creche onde ela deixaria o filho. Durante a conversa, ao ouvir que ela não queria reatar, partiu para o ataque.

Investigações.

A tesoura usada no crime, ainda com manchas de sangue, foi apreendida para perícia. O caso foi registrado como tentativa de feminicídio no 7º DP (Distrito Policial) e a Polícia Civil busca o agressor, que fugiu de bicicleta e segue foragido.

Amigos e familiares se mobilizam nas redes sociais pedindo orações e justiça. O crime gerou comoção na comunidade e reforça a urgência de ações efetivas contra a violência doméstica em São José e no país.