17 de dezembro de 2025
NEGÓCIOS

Embraer quer fábrica na Índia no 'maior negócio de sua história'

Por Leandro Vaz | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Márcio Monteiro, vice-presidente de Inteligência de Mercado da Embraer Defesa e Seguranç

A fabricante brasileira de aeronaves Embraer está investindo para estabelecer operações na Índia de olho no que pode ser um dos maiores negócios da sua história: a venda de até 80 cargueiros militares KC-390 Millennium para a Força Aérea indiana.

A Embraer anunciou, durante o Lide Brazil-India Forum, em Mumbai, planos que podem levar à instalação de uma fábrica de aviões na Índia. O projeto faz parte de uma proposta apresentada ao governo indiano para fornecer cargueiros militares KC-390 Millennium à Força Aérea local, em substituição à frota de transporte médio do país.

O valor estimado de cada avião desse modelo é de US$ 150 milhões – cerca de R$ 820 milhões pela taxa de câmbio de hoje. Com isso, o contrato na Índia pode chegar a R$ 65 bilhões.

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Segundo Márcio Monteiro, vice-presidente de Inteligência de Mercado da Embraer Defesa e Segurança, o contrato, caso seja fechado, tem potencial para ser o maior da história da companhia. A parceria estratégica inclui o grupo indiano Mahindra, que viabilizaria a nacionalização da produção. “Vamos, basicamente, ter uma fábrica de aviões da Embraer na Índia, fazendo esses aviões”, afirmou.

A iniciativa reforça não apenas a presença da Embraer no mercado asiático, mas também a cooperação aeroespacial entre Brasil e Índia. A Atech, empresa do grupo, já fornece software de gestão do espaço aéreo aos dois países, o que, segundo Monteiro, evidencia a robustez tecnológica da companhia.

Além da defesa, a Embraer mira oportunidades na aviação comercial, especialmente com os jatos da linha E2, para até 150 passageiros. Embora ainda não haja encomendas na Índia, o executivo avalia o mercado como promissor.

Monteiro também destacou a abertura da subsidiária Embraer Índia e de um escritório em Nova Délhi, projetado para se tornar um polo estratégico para empresas do setor aeroespacial.