Em São José dos Campos, uma iniciativa de conservação da fauna nativa, resultado da parceria entre o Ecomuseu dos Campos de São José e o CCSS (Centro de Conservação dos Saguis-da-Serra), deu início à soltura de saguis híbridos esterilizados.
A ação faz parte do projeto "Ecomuseu dos Campos de São José: reflorestando a trilha do Callithrix aurita", focado na proteção do sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita), uma espécie endêmica da Mata Atlântica e ameaçada de extinção.
Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp
A principal ameaça a essa espécie é a hibridação, o cruzamento não natural com saguis de outras regiões, como o sagui-de-tufos-pretos (Callithrix penicillata), que foi introduzido no sudeste por ação humana.
Para manter a integridade genética da população nativa, o projeto realizou o mapeamento com a ajuda da comunidade, que informou o avistamento de animais. Em seguida, equipes especializadas capturaram grupos familiares inteiros de saguis híbridos e invasores para esterilizá-los. Após a esterilização, que evita a perpetuação da genética mista, os saguis passam por acompanhamento veterinário e são reintroduzidos na natureza.
Outras medidas de proteção já implementadas na cidade incluem a sinalização de travessias e a instalação de passagens suspensas para a fauna em vias urbanas.
O trabalho é resultado de uma parceria entre o Ecomuseu do CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), a Petrobras (via Programa Petrobras Socioambiental), a UFV (Universidade Federal de Viçosa), a Prefeitura de São José dos Campos e APA Federal Mananciais do Rio Paraíba do Sul/ICMBio. ICMBio, e prevê novas ações de conservação para a biodiversidade local.