13 de dezembro de 2025
LUTO EM SÃO JOSÉ

Adeus, Angela Savastano: 'uma pioneira', diz Fundação Cultural

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Angela Savastano, de 93 anos

Enlutado, o folclore de São José dos Campos perde a sua matriarca.

A morte da folclorista e cientista social Angela Savastano, de 93 anos, ocorrida nesta terça-feira (5), é uma perda inestimável para a cultura da cidade e do Vale do Paraíba.

Por meio de nota, a FCCR (Fundação Cultural Cassiano Ricardo) manifestou suas condolências a Angela, uma das fundadoras do Museu do Folclore, uma pioneira na preservação e valorização da cultura popular e das tradições regionais.

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"A Fundação Cultural Cassiano Ricardo manifesta profundo pesar pelo falecimento da renomada folclorista e cientista social Angela Savastano, aos 93 anos, em São José dos Campos. Angela Savastano foi pioneira nos estudos da cultura popular e das tradições que conferem identidade à nossa região.

É uma das principais responsáveis pela existência do Museu do Folclore de São José dos Campos, sugerido pela antiga Comissão Municipal de Folclore, da qual ela fez parte, e criado pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo em 1997.

A folclorista também foi responsável pela criação do Centro de Estudos da Cultura Popular, em 1988, organização da sociedade civil sem fins lucrativos", lembrou a FCCR.

A história de Angela junto ao Carnaval também foi lembrada. "Angela também tem seu nome marcado no carnaval de São José dos Campos. Em 1988, participou da criação do Pirô Piraquara, bloco mais tradicional da folia na cidade", diz trecho da nota da Fundação Cultural.

"Neste momento de grande tristeza, a FCCR se solidariza com os familiares, amigos, colegas e admiradores de Angela Savastano, reafirmando o compromisso de honrar e dar continuidade à sua obra e aos valores que ela defendeu ao longo da vida", complementa a nota.

História.

Nascida em Campo Grande (RJ), Angela mudou-se com a família para São José, em 1945, quando sua mãe resolveu acompanhar o irmão tuberculoso para se tratar. Ela se encantou pela cidade. Em São José, ela casou-se com o médico Rubens Savastano e teve oito filhos.

Casou-se muito cedo e, por isso, precisou abandonar os estudos. Seu marido era médico em uma cidade de tuberculosos, ou seja, muito conhecido por todos. Com a chegada de seus filhos, a última coisa para que teria tempo seria retornar aos estudos. Depois de criar os filhos, porém, passou a se dedicar aos estudos.

Angela frequentou a Escola de Belas Artes em São José, onde também formou-se em Ciências Sociais.  Ela concluiu, posteriormente, em São Paulo, uma especialização em folclore, tornando-se bastante conhecida como folclorista.

A folclorista, a partir de 1986, passou a integrar a Comissão Municipal de Folclore, da FCCR (Fundação Cultural Cassiano Ricardo), e no ano seguinte sugeriu a criação do Museu do Folclore, que foi instituído oficialmente em 1997, quando ganhou uma sede no Parque da Cidade.

Angela era vice-presidente do Centro de Estudos da Cultura Popular, organização da sociedade civil sem fins lucrativos, responsável pela gestão do Museu do Folclore de São José.