Uma jovem de 20 anos morreu após ser submetida a um aborto clandestino em um motel, e duas pessoas foram presas pela Polícia Civil. O caso aconteceu na última sexta-feira (1º), em Ceres, no interior de Goiás.
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Segundo as investigações, o procedimento foi realizado com a participação de um cirurgião-dentista, que seria o pai do bebê, e da namorada dele, uma técnica em enfermagem. O casal acompanhou a vítima até o local e, ciente dos riscos, realizou a aplicação do medicamento abortivo.
Em depoimento, a técnica confirmou ter administrado a substância na jovem, e ambos admitiram ter plena consciência de que se tratava de uma prática ilegal. Após o procedimento, a vítima passou mal e, de acordo com os relatos, o casal tentou prestar socorro antes de levá-la à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.
Na UPA, a jovem chegou em estado grave, com sinais de parada neurológica e crises convulsivas. A equipe médica tentou reanimá-la, mas a morte foi confirmada pouco depois da chegada. Conforme a polícia, há indícios de que os suspeitos tentaram se desfazer dos materiais usados no aborto enquanto estavam na unidade de saúde.
O juiz responsável pelo caso converteu a prisão em flagrante do casal em prisão preventiva durante audiência de custódia no sábado (2). A Polícia Civil segue com a investigação para apurar as circunstâncias da morte por meio de exames toxicológicos, laudos periciais e depoimentos de testemunhas.