Domingo, 27 de julho de 2025.
O relógio marcava 22h. Na rua Simplício Soares Nito, em Potim, João Lucas Lemes Daniel, de 17 anos, foi executado com tiros na cabeça, no braço, nas costas e na barriga. A execução do adolescente entra para as estatísticas da segurança pública no Vale do Paraíba, região que ocupa o triste posto de mais violenta de São Paulo desde 2010.
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Dados oficiais divulgados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo, na tarde desta quinta-feira (31), revelam que a RMVale manteve-se no posto de recordista de homicídios no estado no primeiro semestre de 2025, apesar de registrar redução de 17,5% no número de mortes, na comparação com o mesmo período em 2024. O número de latrocínios (roubos com morte) também caiu, de 8 para 2, na comparação entre os primeiros seis meses de 2024 e 2025.
Nos primeiros seis meses de 2025, a RMVale acumulou 141 homicídios, contra 171 no primeiro semestre do ano passado, de acordo com a SSP. Em números absolutos, é o maior do interior, superando as regiões de Ribeirão Preto (103), Campinas (97), Piracicaba (96), Sorocaba (95), Bauru (57), Baixada Santista (53), São José do Rio Preto (52), Presidente Prudente (31) e Araçatuba (29).
A RMVale tem a maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes de todo o estado -- é um índice que avalia a relação entre o número de crimes e de habitantes. No período entre julho de 2024 e junho de 2025, o Vale teve 10,52 vítimas de homicídio por cada grupo de 100 mil habitantes -- duas vezes mais do que a capital (4,67).
As outras regiões no ranking são: Araçatuba (8,89), Piracicaba (7,25), São José do Rio Preto (6,44), Baixada Santista (6,32), Sorocaba (6,17), Bauru (6,09), Ribeirão Preto (6), Grande São Paulo (5,68), Presidente Prudente (5,59) e Campinas (4,88). A média do estado foi de 5,93 e do interior de 6,63.
Apesar de manter a liderança no ranking, a RMVale teve a menor taxa de homicídios da série histórica da SSP, iniciada em 2021 (veja abaixo).