Com as constantes quedas de temperatura, em alguns casos oscilando entre 4°C e 13°C, os municípios que fazem parte da Região Metropolitana de Jundiaí (RMJ) já realizaram, em média, 4,5 mil acolhimentos de moradores em situação de vulnerabilidade em dois meses, sendo 4,4 mil só em Jundiaí, com média diária de 74 pessoas. Durante dois meses de programa lançado pelos municípios, as pessoas em situação de rua têm retornado voluntariamente para diferentes serviços.
Acionadas quando a previsão do tempo está igual ou inferior a 13°C as abordagens acontecem tanto para oferecer acolhimento nas unidades fixas, como para oferecer kits para enfrentamento do frio. São pelo menos 190 vagas ofertadas à disposição deste público.
Segundo a Unidade de Gestão de Desenvolvimento e Assistência Social (UGDAS), parte significativa do público atendido é formada por trecheiros, ou seja, pessoas em situação de rua que estão apenas de passagem por Jundiaí, sem intenção de fixar residência.
Pela Região
A Secretaria de Desenvolvimento Social de Itupeva, por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), explica que a ação da semana resultou em 16 pessoas atendidas. Em regiões estratégicas e com aglomeração das pessoas em situação de rua, a equipe de abordagem ativa faz a busca para oferecer cobertores e a possibilidade do acolhimento em abrigo.
Em Jarinu, há um local fixo para acolhimento de pessoas em situação de rua, aberto diariamente a partir das 18h, com máquina para lavagem das roupas, chuveiros para banhos quentes, cama montada para pernoite e duas refeições (jantar e café da manhã). Este serviço de acolhimento é independente das baixas temperaturas, sendo ofertado por todo o ano, com média diária de utilização chegando a 15 pessoas em noites mais frias.
A Prefeitura de Louveira, por meio da Secretaria de Assistência Social, implementou no início de 2025 um novo sistema de acolhimento humanizado para pessoas em situação de rua, visando sua reintegração na sociedade. Durante o período mais frio, foram 41 pessoas encaminhadas para pernoites durante os dias mais frios.
Apesar de não fornecer os números, Cabreúva informa que as abordagens têm acontecido e, apesar do oferecimento dos abrigos, houve recusa das pessoas em situação de rua. Cobertores, meias e alimentação são oferecidos.
Em Várzea Paulista, de acordo com o Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS), foram 76 acolhimentos realizados durante o período mais crítico, além do atendimento no oferecimento de roupas e agasalhos.
Procurada, Campo Limpo Paulista não retornou até o fechamento desta edição.
Os atendimentos são realizados todos os dias, mas os acolhimentos e oferta de abrigo quando as temperaturas estão mais baixas