A Polícia Civil de Jacareí registrou, na madrugada desta terça-feira (23), um caso de tentativa de homicídio na cidade, conforme o boletim de ocorrência. O crime ocorreu por volta das 5h, quando um homem esfaqueado no pescoço deu entrada no pronto-socorro do bairro Parque Meia Lua.
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Segundo o registro, a vítima chegou sozinha ao hospital, andando, mas desmaiou ao atravessar a porta de entrada da unidade, o que indicava a gravidade dos ferimentos. Imediatamente, a equipe médica iniciou o atendimento emergencial.
Apesar da violência do ataque, o homem conseguiu caminhar até o pronto-socorro, sem apoio de terceiros. A cena chocou tanto os profissionais da saúde quanto os policiais militares que foram chamados. Pouco após dar entrada na unidade, a vítima perdeu a consciência e precisou ser transferida para a Santa Casa, onde permaneceu sob observação médica.
Devido à ausência de informações sobre local e circunstâncias do crime, a equipe de homicídios da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Jacareí não foi acionada, assim como não foi realizada perícia técnica.
A vítima, de 35 anos, é morador de Jacareí. Ele foi ferido com vários golpes de faca no pescoço e, de acordo com o histórico policial, sua condição no momento do atendimento era inconsciente, demandando cuidados intensivos.
Um dos maiores desafios da Polícia Civil neste caso é que o crime se deu sem testemunhas identificadas, e a vítima chegou desacordada ao hospital, sem relatar quem o atacou. Até o momento, nenhuma linha de investigação foi formalmente definida, e a autoria segue desconhecida.
O delegado responsável pela confecção do boletim de ocorrência explicou que a ausência de campo para investigação imediata impossibilitou medidas como preservação de local ou perícia técnica. O caso foi registrado como crime tentado de homicídio, com autoria desconhecida.
O bairro Parque Meia Lua, onde a vítima foi atendida, já foi cenário de outras ocorrências violentas nos últimos meses. A ausência de câmeras de vigilância públicas em trechos do bairro e a baixa circulação de viaturas no período noturno são queixas recorrentes da população local.
Mesmo sem o óbito da vítima, o autor — se identificado — poderá responder com penas de 6 a 20 anos de reclusão, com possível aumento por agravantes como uso de arma branca e ataque surpresa.
A legislação brasileira considera tentativa quando o agente inicia a execução do crime, mas é impedido de consumá-lo por circunstâncias alheias à sua vontade, como a intervenção médica no caso da vítima em questão.