O assassinato de Klaus Viana Munch, conhecido como "Pepão", de 64 anos, ocorrido no último dia 3 de julho, em Ubatuba, no Litoral Norte, escancarou a rivalidade entre dois núcleos familiares envolvidos há décadas com a exploração do jogo do bicho na cidade. A vítima foi executada com pelo menos cinco tiros pelas costas ao entrar em uma galeria comercial na avenida Leogildo Dias Vieira, no bairro Itaguá.
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Segundo revelado pelo Metrópoles, o endereço onde o crime ocorreu abriga a sede de uma empresa apontada pela polícia como fachada para lavagem de dinheiro oriundo dos jogos ilegais operados por Klaus e sua sócia, Lucile Andrade Nascimento Couto, de 51 anos. Lucile, segundo as investigações, teria encomendado a morte do parceiro de negócios por aproximadamente R$ 30 mil.
Viúva de Moacir Ribeiro Couto, figura central do esquema de contravenção em Ubatuba por cerca de 45 anos, Lucile teria entrado em rota de colisão com Pepão após a morte do marido, em fevereiro de 2022. A disputa teria se intensificado em razão de desentendimentos sobre o comando das operações clandestinas.
De acordo com a Polícia Federal, Klaus assumiu a liderança do esquema a partir de 2019, a pedido do então sogro Moacir, que enfrentava problemas de saúde. Desde então, ele passou a ser o chefe do grupo criminoso, contando com apoio direto do filho, Klaus Couto Munch, conhecido como "Cacau", de 31 anos, apontado como seu braço direito, e do irmão, Ralph Viana Munch, de 59, que atuava como gerente da operação.
Registros judiciais e documentos obtidos pelo Metrópoles indicam que a tensão entre Klaus e Lucile cresceu após a morte de Moacir, resultando em uma ruptura dentro da organização. A investigação agora se concentra em confirmar a autoria intelectual do crime e o envolvimento direto de Lucile na execução de Pepão.
A Polícia Civil e a PF seguem com as apurações para identificar todos os envolvidos no assassinato e nos negócios ilícitos que operam há décadas na região.