17 de dezembro de 2025
BALANÇO

Sérgio chega a 6 meses com 1.000 famílias a menos no Mesa Taubaté

Por Julio Codazzi | Taubaté
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/PMT
Famílias recebem R$ 188 por mês por meio do programa

Embora tenha havido um aumento no número de beneficiários nos últimos dois meses, o governo do prefeito Sérgio Victor (Novo) completou seis meses de mandato com uma redução de mais de 1.000 famílias atendidas no programa de transferência de renda do município, o Cartão Mesa Taubaté.

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Em dezembro de 2024, no último mês do governo do ex-prefeito José Saud (PP), eram 3.725 beneficiários. Esse patamar foi mantido em janeiro de 2025, no primeiro mês do governo Sérgio, quando 3.733 famílias foram atendidas.

Em fevereiro, houve uma queda brusca para 2.785 beneficiários. Em março, nova redução, para 2.368. O patamar foi mantido para abril, com 2.382 famílias atendidas. E em maio e junho, foram 2.700, segundo a Prefeitura.

Ainda de acordo com a Prefeitura, a fila de espera do programa tem 800 pessoas atualmente. Ou seja, seria possível atender todos os interessados sem extrapolar o limite do Cartão Mesa Taubaté - pelo contrato vigente, o número máximo é de 3.900 beneficiários.

Questionada pela reportagem, a Prefeitura alegou que "a Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social analisa, monitora e avalia diariamente as condições dos beneficiários e dos novos solicitantes". "Mensalmente, são 130 novas solicitações de cadastros e inclusão no programa, porém a inserção está diretamente ligada à ordem de prioridade, ou seja, número de pessoas na casa e renda per capita da família. Dos cadastros novos, mensalmente são inseridas 100 pessoas que entram em substituição àquelas que já estão no programa a mais de 18 meses e possuem renda per capita maior que os novos entrantes. Nenhum pedido é rejeitado, entram na fila por ordem de prioridade, podendo ser inserida em momento oportuno".

Corte.

Em abril, o jornal mostrou que, de janeiro a março, houve uma redução de 36% no número de famílias atendidas no programa.

Na ocasião, em entrevista a OVALE, o secretário de Desenvolvimento e Inclusão Social, Marco Antônio Tolomio, disse que a medida visava permitir que o programa priorizasse famílias em situação de extrema vulnerabilidade social, mas distorceu trechos da legislação municipal para justificar a exclusão de beneficiários.

Também em abril, a Câmara promoveu uma audiência pública para debater os cortes. Na ocasião, vereadores que não integram a base aliada ao prefeito criticaram o governo pela redução no número de beneficiários no programa.