Após ter a votação adiada na última sessão, o projeto que prevê a liberação de rodeios em Taubaté voltará à pauta da Câmara na próxima terça-feira (24). O texto é o quarto item da ordem do dia.
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Um dia depois, na quarta-feira (25), a partir das 14h, a Câmara promoverá uma audiência pública para debater o projeto - não há impedimento para que o projeto seja votado antes da audiência.
O projeto foi apresentado em 23 de maio pelo vereador Bilili de Angelis (PP), que é empresário do ramo agrícola. A realização de rodeios está proibida na cidade desde 2009.
Segundo a proposta, seriam liberados os "rodeios de animais e provas equestres", que incluiriam atividades como montarias em touros, provas equestres cronometradas, cavalgada, hipismo, provas de marcha e rodeios em cavalos. A única proibição seria às provas de vaquejada - nesse tipo de prova, vaqueiros montados tentam derrubar um boi.
O projeto prevê que a entidade promotora do rodeio deve providenciar "médico veterinário habilitado" que ficará "responsável pela garantia da boa condição física e sanitária dos animais" e por impedir "maus-tratos". O texto cita ainda que os "apetrechos técnicos utilizados nas montarias, bem como as características do arreamento, não poderão causar injúrias ou ferimentos aos animais".
Em 2009, uma lei municipal passou a proibir em Taubaté práticas como rodeios, eventos de exposição e venda de animais, demonstrações equestres e leilões de gado.
Em 2016 e 2017, foram apresentados na Câmara dois projetos para liberar as práticas no município, mas a pressão de ativistas da causa animal levou ao arquivamento das propostas - o projeto de 2017 tinha Bilili como um dos autores.
Em março de 2018, o Legislativo aprovou um texto que liberou a realização de eventos como feiras agropecuárias e leilões de animais no município, mas manteve a proibição aos rodeios - esse projeto aprovado em 2018 também foi proposto por Bilili.
Em 2022, foi apresentado pelo vereador Alberto Barreto (PRD) um projeto que buscava liberar a prática de rodeios na cidade, mas a proposta acabou arquivada após pressão de vereadores ligados à causa animal.