O caso da recepcionista que pediu licença-maternidade para cuidar de uma bebê reborn na Bahia ganhou mais um capítulo. Ela desistiu da ação na Justiça e pediu a exclusão do processo, segundo ela, por conta de ameaças.
De acordo com o documento de requerimento de desistência, a reclamante e a advogada de defesa sofreram com discurso de ódio divulgado nas redes sociais.
Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp.
Além disso, a Polícia Federal vai investigar a situação, visto que um advogado afirma que teve o nome envolvido no processo de forma ilícita.
José Sinelmo Lima Menezes alega que foi vítima de fraude porque teve seu nome e inscrição profissional citado na ação movida pela mulher.
A PF vai apurar possíveis crimes de falsidade ideológica e falsificação de documento envolvendo o caso. O advogado ainda fez uma petição para a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) na Bahia para adoção das providências que entender cabíveis no campo ético-disciplinar.
O problema ocorre porque o advogado diz que nunca teve qualquer vínculo profissional ou pessoal com a reclamante e destacou que a petição iniciada foi assinada eletronicamente por outra advogada, que representa a recepcionista. O nome de José Sinelmo é citado na procuração inicial, que foi inserida no processo pela advogada do recepcionista, Vanessa de Menezes Homem.
O advogado ainda ressalta que houve abalo à imagem profissional. Isso porque a ação trabalhista de repercussão midiática tem sido divulgada em redes sociais, blogs e grupos de comunicação jurídica.
Na última terça-feira (27), a Justiça do Trabalho da Bahia recebeu um pedido de indenização por danos morais protocolado por uma trabalhadora de Salvador após ter seu pedido de licença-maternidade e recebimento do salário-família para a sua boneca de silicone negado pela empresa em que trabalha. O valor total da ação era de R$ 40 mil, incluindo o pedido de demissão indireta.
A mulher é funcionária de uma empresa do ramo imobiliário desde 2020. Em fevereiro deste ano, ela adquiriu a boneca, que considera uma filha e por quem possui "profundo vínculo materno".
Na ação, a defesa da funcionária explica que a trabalhadora comunicou à empresa a sua "condição de mãe" e solicitou a concessão de licença-maternidade, por 120 dias, bem como o recebimento do salário-família.
No requerimento de desistência, a advogada de defesa diz que o objetivo da ação trabalhista "era a rescisão indireta em virtude dos abalos psíquicos diários que a reclamante vem sofrendo em seu ambiente laboral por optar tratar como se filha fosse um objeto inanimado, de certo que esse é um direito seu".
* Com informações do jornal Correio