22 de dezembro de 2025
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Asteroides na Terra: cientistas apontam riscos devastadores

Por Da Redação | São Paulo
| Tempo de leitura: 2 min
Pixabay
Asteroides na Terra: cientistas apontam riscos devastadores

Cientistas de todo o mundo mantêm uma vigilância constante sobre asteroides próximos à Terra, buscando identificar possíveis ameaças que, em caso de impacto, poderiam provocar consequências devastadoras para o planeta.

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No entanto, a atenção dos pesquisadores vai além do nosso ambiente imediato e se volta também para objetos próximos a outros planetas.

Um estudo liderado pelo professor Valério Carruba, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), investiga o risco representado por asteroides coorbitais escondidos no brilho solar entre Vênus e a Terra. O trabalho, intitulado A ameaça invisível: avaliando o risco de colisão representado pelos asteroides coorbitais de Vênus não descobertos, foi submetido à revisão da comunidade científica em 21 de maio e, por enquanto, está disponível em versão pré-print.

Segundo o artigo, existem atualmente 20 asteroides coorbitais de Vênus conhecidos. Apesar de a configuração coorbital impedir que se aproximem muito de Vênus, isso não significa que estejam livres de cruzar o caminho da Terra. “O status coorbital os protege de aproximações próximas a Vênus, mas não evita que colidam com a Terra”, alertam os pesquisadores.

Para serem classificados como potencialmente perigosos, esses asteroides precisam ter pelo menos 140 metros de diâmetro e cruzar a órbita terrestre a uma distância inferior a 0,05 unidades astronômicas.

Um dos principais desafios para detectar esses objetos é o fato de que muitos possuem órbitas de baixa excentricidade, ou seja, são quase circulares. Esse comportamento os faz se mover de maneira semelhante aos planetas, girando em torno do Sol e permanecendo próximos a ele.

A proximidade com o Sol dificulta a observação, pois o intenso brilho solar acaba ofuscando a luz refletida por esses corpos rochosos. Há momentos em que eles se afastam da estrela, criando “janelas de observação ideais”, mas essas oportunidades são raras e de curta duração.