23 de dezembro de 2025
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'Eu matei ela, mas não tive culpa', diz assassino de Mikaella

Por Da Redação | Biguaçu
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
'Eu matei ela, mas não tive culpa', diz assassino de Mikaella

"Eu matei ela, mas não tive culpa." A frase, dita durante o interrogatório, resume a confissão do homem de 23 anos acusado de matar a esteticista Mikaella Sagás, de 29.

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O suspeito, ex-namorado da vítima, passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (15) e teve a prisão preventiva mantida.

Mikaella foi encontrada morta no apartamento onde morava, em Biguaçu, na Grande Florianópolis, no último sábado (10). Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu na noite anterior, sexta-feira (9), e o corpo foi descoberto após familiares estranharem o desaparecimento da jovem.

Durante o depoimento, o homem alegou ter cometido o crime após supostamente descobrir uma traição. A justificativa, segundo o delegado Manoel Galeno, responsável pelo caso, não altera o fato de que o homicídio foi brutal. “Ele confessou. Disse que fez por causa de uma traição. Já sabíamos de tudo, ele apenas confirmou”, afirmou o delegado.

O acusado se entregou voluntariamente à polícia na quarta-feira (14), após a Justiça expedir mandado de prisão preventiva no domingo (10). No entanto, mesmo após o crime, ele frequentou uma casa noturna e foi visto por conhecidos da vítima com um corte na mão, o que gerou ainda mais suspeitas.

Mikaella apresentava ferimentos provocados por faca e outras lesões, inclusive na região do pescoço. O laudo do Instituto Geral de Perícias ainda está em andamento. Marcas de sangue no apartamento indicam que o corpo foi arrastado. A Polícia Militar encontrou no local uma bermuda com vestígios de sangue, pertencente ao suspeito.

Além do crime de feminicídio, o homem tem um histórico policial com passagens por tráfico de drogas, roubo, receptação e lesão corporal. Após o assassinato, ele fugiu levando o carro e o celular da vítima, ambos posteriormente localizados e enviados para perícia.

Imagens de câmeras de segurança confirmaram sua presença no local do crime e o mostraram deixando o edifício com as roupas sujas de sangue. Uma amiga de Mikaella, ao notar a ausência da esteticista, desconfiou do comportamento do suspeito e informou a polícia.

A investigação foi concluída e encaminhada ao Ministério Público de Santa Catarina, que agora analisa o caso. O órgão informou que o processo segue em sigilo.

Mikaella era proprietária de uma clínica de estética em Governador Celso Ramos. Ela foi sepultada no Cemitério Municipal de Ganchos do Meio, sob comoção de amigos e familiares.