27 de dezembro de 2025
INVESTIGAÇÃO

Homem é preso no Vale por pedofilia após ameaçar vítima de morte

Por Da redação | Lorena
| Tempo de leitura: 4 min
Reprodução
Homem de 25 anos foi preso em Lorena, na última segunda

Um homem de 25 anos foi preso em Lorena, na última segunda-feira (28), pelo crime de pedofilia, após ameaçar a vítima de 14 anos e os pais dela de morte. A família precisou mudar de endereço justamente para escapar das ameaças do suspeito.

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De acordo com investigação da Polícia Civil, Leandro Fernandes dos Santos usou as redes sociais para descobrir o endereço de sua vítima, uma garota de 14 anos, para ameaçá-la de morte, além dos pais dela.

A família se mudou com medo de que o criminoso cumprisse o prometido, porque ele já havia divulgado fotos íntimas da garota, no perfil dela no Instagram. Leandro usou um perfil falso para enganar e coagir a adolescente, quando ela tinha 13 anos. O caso foi revelado pelo portal Metrópoles.

Leandro foi preso em Lorena, por expor fotos íntimas da jovem. A detenção ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão temporária, de 30 dias, expedido pela Justiça com base em investigação da Polícia Civil.

Denúncia.

O caso começou quando a vítima, que mora na capital paulista, procurou o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), acompanhada pelos pais, em 29 de março, por causa da exposição de fotos íntimas na rede social.

Em depoimento na 4ª DRP (Delegacia de Repressão à Pedofilia), a garota relatou que suas fotos íntimas foram publicadas após se negar a seguir enviando para Leandro fotos e vídeos dela com teor sexual.

O compartilhamento foi feito no próprio perfil da vítima, que foi obrigada a dar a senha ao criminoso, que a mudou e passou a administrar a conta da jovem. Como mostram as investigações, o criminoso criou um perfil falso, fingindo ser uma garota, para se aproximar e ganhar a confiança da vítima, que atualmente tem 14 anos.

O perfil fake, cujo nome era Mariane, ganhou a confiança da garota e conseguiu convencê-la a enviar fotos íntimas, sob o pretexto, por exemplo, de ver se os seios delas seriam semelhantes.

A investigação da 4ª DRP mostra, ainda, que Leandro usava o perfil fake em grupos de bate papo do Telegram e Discord, por meio dos quais foi “apresentado” à vítima pelo perfil fake, ou seja, Mariane, que na verdade era o próprio criminoso, que fingia estar apresentando à vítima a Leandro.

Manipulação.

Nas conversas, Leandro pediu à vítima que enviasse imagens íntimas. A jovem se negou e Leandro, então, afirmou que Mariane (seu perfil falso) já havia encaminhado as fotos da adolescente nua para ele.

“Com isso, ele passou a ameaçar de divulgar o material na internet, conseguindo convencer a jovem a lhe dar a senha de acesso à conta no Instagram, além de ela ser obrigada a encaminhar fotos e vídeos, cada vez mais pesados”, afirmou à reportagem do Metrópoles um policial que acompanha o caso, em condição de sigilo.

A gota d’água foi quando Leandro exigiu e a garota se negou a fazer um vídeo pornográfico com um cachorro. Com a negativa, Leandro compartilhou imagens íntimas da garota, no Instagram dela, em 29 de março.

Além de Leandro, o irmão dele, de 17 anos, foi apreendido em flagrante e indicado pelo crime análogo a pedofilia, pelo fato de manter salvo em seu computador pornografia infantil. O menor foi liberado, ainda na segunda-feira, para responder ao caso em liberdade.

Leandro conseguiu, inclusive, coletar informações sobre os pais da garota, assim como o endereço, ampliando as ameaças à família, inclusive de morte. Isso fez com que eles se mudassem. Com base no relato da vítima, a 4ª DRP instaurou um inquérito e conseguiu elencar provas para viabilizar a prisão de Leandro.

Na casa do criminoso, onde ele mora com a mãe e o irmão, em Lorena, foram apreendidos o computador do menor de 17 anos, com pornografia infantil, além do celular de Leandro, no qual há ameaças à jovem, assim como vídeos dela. O material será periciado.

De acordo com apuração do Metrópoles, a mãe de Leandro desconhecia os crimes. Ela relatou à polícia que o filho mais velho usava com constância o celular e que o caçula ficava bastante no computador.

A defesa de Leandro não foi localizada. O espaço segue aberto para a manifestação do acusado de pedofilia.

* Com informações do portal Metrópoles