A onça-pintada que atacou e matou o caseiro Jorge Avalo, 60 anos, no Mato Grosso do Sul, permanecerá em cativeiro.
Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp.
O anúncio foi feito pelo ICMBio nesta sexta-feira (25). O felino, um macho de 94 kg capturado após o ocorrido, integrará um programa de conservação em ambiente controlado.
O caso, investigado pelo CENAP/ICMBio, revelou que o animal estava habituado à presença humana. Vídeos mostravam moradores alimentando onças na região — prática chamada “ceva”, condenada por especialistas. “A interação inadequada elevou o risco de tragédias”, destacou o instituto, que se solidarizou com a família de Jorge.
A Polícia Ambiental instalou câmeras no local para monitorar outros felinos. Durante a captura, um veterinário especializado acompanhou a ação, coordenada por ICMBio e IBAMA. O animal foi encaminhado ao CRAS/IMASUL, onde passará por avaliações.
O destino final da onça será decidido em conjunto pela SEMADESC e ICMBio. Ele deve ser transferido para uma instituição autorizada, participando de programas de conservação ex situ (fora da natureza). “Sua função será crucial para a preservação da espécie”, afirmou o ICMBio.
Ataques a humanos são raros: este foi o primeiro em 20 anos no país. O instituto alerta para os perigos de alimentar animais silvestres e reforça orientações: evitar trilhas sozinho, fazer barulho durante caminhadas e manter calma em encontros com felinos.