Quatro policiais civis foram presos pela PF (Polícia Federal) suspeitos de cobrarem propina de funkeiros, entre eles Davi José Xavier Paiva, o MC Paiva, que é da zona sul de São José dos Campos e tem 8,3 milhões de seguidores no Instagram. As prisões aconteceram na manhã desta sexta-feira (25), em Santo André. A operação foi deflagrada pela força-tarefa formada pela PF, Ministério Público de São Paulo e Corregedoria da Polícia Civil paulista.
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Trata-se da 'Operação Latus Actio 3', "com objetivo de reprimir crimes de corrupção ativa e passiva e de participação em organização criminosa", de acordo com a Polícia Federal. Segundo a investigação, policiais cobravam propina de influencers e funkeiros que divulgavam rifas ilegais nas redes sociais. Influencers topariam pagar a propina para evitar prejuízos econômicos com o possível bloqueio de suas redes sociais.
"Na operação policial estão sendo cumpridos 5 mandados de busca e apreensão nas cidades de Santo André, Mauá e São Paulo, e 4 mandados de prisão preventiva expedidos pela 1ª Vara Criminal de Santo André contra policiais lotados no 6º Distrito da cidade. O Poder Judiciário decretou também a quebra do sigilo bancário dos investigados", informou a PF, por meio de nota.
Entre os funkeiros investigados estão Silas Rodrigues Santos, o MC Brisola, e MC Paiva, de acordo com apuração da CNN Brasil.
A ação desta sexta-feira é um desdobramento das operações “Latus Actio” e “Latus Actio 2”, deflagradas nos dias 12 de março e 12 de dezembro de 2024. MC Paiva foi um dos alvos da segunda fase, tendo contra ele mandados de busca e apreensão.
"Em síntese, havia instauração de procedimentos de Verificação de Procedência de Informações (VPI) por parte dos policiais supostamente para apurar a prática de sorteios (rifas) ilegais realizados por “influenciadores” através de suas redes sociais, condutas que poderiam configurar a contravenção penal por exploração de jogos de azar e crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. Entretanto, o verdadeiro objetivo dos policiais era a solicitação de vantagem econômica indevida (“propina”) aos investigados e seus respectivos advogados, a pretexto de não dar prosseguimento às apurações", afirmou a PF.